Depois de uns primeiros meses conturbados em Inglaterra, Lindelof é por estes dias um dos nomes fortes do Manchester United, agora orientado por Ole Gunnar Solskjaer. Em entrevista ao Daily Mail, o antigo defesa do Benfica recorda a mudança para terras de Sua Majestade e a saída de José Mourinho do comando técnico dos 'Red Devils'. 

"Quando tens maus jogos e sofres golos, é normal os defesas serem criticados. Há pessoas que gostam de ti, há outros que não, mas isso nunca foi um problema para mim. Sei que as pessoas falavam sobre mim, mas isso nunca me afetou. Sou o meu maior crítico, por isso podem falar. É bom mudar a opinião das pessoas", começou por dizer. 

A sucessão de erros do sueco levou José Mourinho a dizer que este "não estava pronto para a Premier League" e que precisava de "contratar mais defesas centrais", mas nada disso afetou Lindelof. 

"Eu serei sempre grato ao José. Foi ele quem me trouxe para aqui. Não tenho nada de mal a apontar-lhe, mesmo quando ele disse que precisava de contratar mais defesas. Eu adoro competição, não melhoras sem ela. (...) Se jogas mal, tens de trabalhar mais e melhor", notou. 

Lindelof recordou a infância na Suécia e a chegada ao Benfica com apenas 17 anos, um período que, reconhece, lhe trouxe alguma solidão mas que foi importante para a sua evolução.

"Não comunicava com os outros jogadores. (...) Acordava, tomava o pequeno almoço, treinava, almoçava e voltava para o meu quarto. É importante que os jogadores mais novos percebam que assinar um contrato com um grande clube não significa que tudo corra imediatamente bem. Tens de estar preparado para os dias difíceis", assumiu. 

Depois de um período de adaptação, o sueco chegou à equipa principal do Benfica, de onde saiu para Inglaterra a troco de 35 milhões de euros. As dificuldades sob a orientação de Mourinho transformaram-se numa certeza no centro da defesa de Solskjaer. A mudança, assume o central, "é difícil de explicar". 

"Ele [Solskjaer] chegou com energia. Ouvir as suas ideias sobre futebol é inspirador. Desde o início que ele trouxe um sorriso. Explicou-nos o que significa jogar pelo Manchester United, foi a primeira coisa que fez. Ele trouxe presença. Fez-nos pensar e acreditar em nós e nas nossas habilidades novamente", rematou.