Chama-se Christian Pulisic, tem apenas 20 anos, é norte-americano mas já há muito que dá cartas na Europa ao serviço do Borussia de Dortmund. O versátil avançado promete dar muito que falar fora das quatro linhas neste defeso de janeiro, tendo em conta a teimosia em não renovar com o clube alemão, onde está desde os 16 anos de idade, e face ao forte interesse do Chelsea de Maurizio Sarri na sua contratação, na medida em que é muito admirado pelo treinador italiano.

Os ingleses estão dispostos a avançar pela contratação da grande esperança do futebol norte-americano já em janeiro, segundo avança a imprensa britânica. Pulisic tem contrato até junho de 2020 e recusou renovar com o clube germânico, que agora se vê na possibilidade de, daqui a ano e meio, ver sair um jogador em que investiu desde os 16 anos, sem receber nada. Neste contexto, o que era impensável há alguns meses (vender) ganhou nesta altura contornos de possibilidade bastante real. 

A ideia do Dortmund, adiantam na Alemanha, passa por manter o jogador até ao final da época, até porque o clube está em primeiro lugar na Bundesliga e quer reconquistar um título que lhe foge desde 2012, mas o Chelsea quer decidir depressa. A razão é muito simples: a FIFA está a investigar o clube liderado Roman Abramovich e já se antevê uma proibição de contratar jogadores, devido à aquisição de jogadores abaixo da idade permitida por parte do clube de Stamford Bridge, pelo que os londrinos querem reforçar o plantel já em janeiro, de forma a precaver uma sanção que os impeça de contratar no verão. Ou seja, serão inevitavelmente os milhões em cima da mesa a ditar leis. A recusa do jogador em renovar e a proximidade do final de contrato é um factor a favor do Chelsea, mas a pressa dos britânicos em fechar o negócio, pode ter de levá-los a abrir mais os cordões à bolsa do que inicialmente esperariam: 80 milhões de euros é a verba avançada em Inglaterra.

Pulisic soma três golos nos 12 jogos que disputou esta temporada, depois de ter efetuado uma pré-época de excelente nível, principalmente nos jogos da International Champions Cup, disputada precisamente no país de origem, os Estados Unidos, seleção pela qual soma 22 jogos e nove golos, pese embora a tenra idade.