Grande Futebol
PSG é um campeão francês 'do princípio ao fim' mas sem ‘coroa’ na Europa
2019-04-21 16:00:00
Sexto título nos últimos sete campeonatos

O Paris Saint-Germain chegou hoje ao oitavo título de campeão francês de futebol, em mais uma época em que foi líder do princípio ao fim, muito antes do final de um campeonato sem concorrência.

Com novo treinador para a época 2018/19, o alemão Thomas Tuchel, a história do PSG não mudou em quase nada no seu naipe de jogadores, embora tenha sobrevivido às ausências prolongadas de Neymar e Cavani, ambos lesionados.

Os internacionais brasileiro e uruguaio fazem parte das joias da coroa da equipa, mas Neymar fez apenas 13 jogos na ‘Ligue 1’ e Cavani 16, numa equipa em que foi Kylian Mbappé a assumir papel crucial.

O jovem campeão do mundo contribuiu para o título com 27 golos – lidera os marcadores da Liga - e seis assistências, numa equipa em que o argentino Di Maria também continua a ser influente.

A diferença para esta temporada aconteceu apenas na mudança do rival, que não foi o Mónaco, e oscilou entre Marselha, Montpellier, Lyon, e, finalmente, o Lille, que na última lutava para não descer de divisão.

Foi uma questão de dias até que o PSG garantisse matematicamente o título, embora a formação de Paris não se tenha livrado na última ronda, em que lhe bastava o empate para chegar ao título, de uma estrondosa derrota por 5-1 na casa do Lille, de José Fonte, Xeka, Rui Fonte e Rafael Leão.

Esta ‘coroa’ assinala o bicampeonato para o PSG, num percurso de incontestável domínio no futebol gaulês, apenas interrompido em 2016/17, em que foi o Mónaco – que contava com Bernardo Silva e Mbappe e era treinado por Leonardo Jardim -, o campeão.

Nas últimas sete temporadas o PSG conseguiu seis títulos de campeão (2018/19, 2017/18, 2015/16, 2014/15, 2013/14 e 2012/13), o que lhe permitiu chegar aos oito campeonatos, igualando as conquistas do Mónaco e do Nantes.

Os parisienses, que, antes desta quase década, tinham sido campeões pela última vez com o treinador português Artur Jorge (1993/94), estão agora a um título de alcançarem o Marselha (nove) e dois do Saint-Etienne (10), o clube com mais troféus.

Com uma estrutura assente em valores ‘milionários’ – que já levou a UEFA a questionar várias vezes o ‘fair play’ financeiro -, da equipa saíram esta época Kevin Trapp, Ben Arfa, Lo Celso, Javier Pastore ou Lucas Moura, mas mantiveram-se nomes como Areola, Thiago Silva, Dani Alves, Marquinhos, Verratti ou Draxler.

O ‘ouro’ tem estado nos pés de Mbappé, mas também de Neymar e Cavani, num grupo que teve entradas cirúrgicas, em especial do veterano Buffon, utilizado na ‘Champions’, do médio Paredes ou do avançado camaronês Choupo-Moting.

Para o PSG a ‘Ligue 1’ é um passeio, num campeonato em que o fosso é muito grande para a concorrência, ao contrário das aspirações da equipa na Europa, onde tem sido batida por outros ‘do seu tamanho’.

Mas mesmo com um investimento avultado, em especial com a vinda de Neymar e Mbappe, em 2017/18, o PSG tem sido eliminado sucessivamente na Liga dos Campeões, competição que nunca venceu e da qual voltou a ser afastado.

Esta época diante do Manchester United, com uma derrota por 3-1 no Parque dos Príncipes (depois de ter vencido em Old TRafford por 2-0), na anterior com o Real Madrid, e na de 2016/17 com o FC Barcelona, todas as vezes nos oitavos de final.

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