Grande Futebol
PAOK e Xanthi perdem pontos na Grécia por deterem acionista comum
2020-04-14 20:55:00
A equipa treinada por Abel fica a 14 pontos do Olympiacos

Os recursos de PAOK e Xanthi ao castigo pelo facto de violarem as regras do futebol grego por deterem um acionista comum foram hoje rejeitados pela federação, mantendo-se a perda de pontos para ambos no campeonato.

O comité de apelo da federação grega valida assim a punição do conselho de disciplina, que decidiu retirar sete pontos ao PAOK, orientado pelo português Abel Ferreira e no qual alinha Vieirinha, e 12 ao Xanthi, que conta com os lusos Fabio Sturgeon e Vítor São Bento.

Em causa, o facto de Ivan Savvidis, proprietário do PAOK, deter, por intermédio de um familiar, ações do Xanthi, também a militar na primeira divisão helénica.

Os regulamentos da Liga grega prevêm a descida automática para esta prática ilegal, de um acionista ter interesse em dois clubes, contudo o governo interveio para suavizar a sanção.

A irregularidade foi denunciada em dezembro pelo Olympiacos de Pedro Martins, que terminou assim a fase regular do campeonato com 14 pontos (66-52) de vantagem para o PAOK, que conta apenas mais um ponto do que o AEK de Atenas (51), com com deverá lutar agora por um lugar na Liga dos Campeões.

Na luta para evitar a descida, o Xanthi tem 18 pontos, apenas mais um do que o Panetolikos, aparentemente o único rival com quem pode discutir a permanência.

O PAOK já revelou que pretende levar o caso ao Tribunal Arbitral do Desporto, sedeado em Lausana, na Suíça.

Os 'play-offs'para decidir o campeão, as posições europeias e quem desce foram adiados devido à pandemia da covid-19, sendo que o confinamento atual expira em 27 de abril, podendo ser renovado pelas autoridades.

Hoje, o ministério da saúde grego anunciou 2.170 infetados pelo novo coronavírus e 101 mortes.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já provocou mais de 120 mil mortos e infetou mais de 1,9 milhões de pessoas em 193 países e territórios. Dos casos de infeção, cerca de 402 mil são considerados curados.

Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.