Entoam cânticos por ele no mítico Estádio de Anfield e é numa das emblemáticas 'catedrais' do futebol que Sadio Mané faz carreira ao serviço do Liverpool. Mas o senegalês nunca escondeu, e faz mesmo questão de carregar sempre consigo, os valores e ensinamentos que colheu na terra natal, no Senegal, longe, bem longe, da terra dos Beatles onde fez um depoimento tocante sobre a forma como encara o futebol.

"Tenho de me sacrificar mais para os deixar orgulhosos", explica Mané, salientando que jogar pelo Liverpool na Liga dos Campeões e num campeonato mediático como a Premier League "foi um sonho realizado".

"Quando eu era criança sonhava em ser o melhor e este ano consegui, por isso estou muito feliz", afirmou Mané, em declarações ao site do Liverpool.

E porque o futebol é vivido e passado entre a para pessoas, o africano fala da relação especial que tem com as gentes de Sedhiou, a terra onde nasceu.

"Eles sempre me ajudaram. Nem consigo descrever como eles são motivadores. Quando vejo aquelas pessoas, trabalho ainda mais para os fazer sentirem-se orgulhosos porque é a única satisfação que elas têm. Tenho de retribuir o que fizeram por mim", sublinhou Mané, ele que um dia disse não precisar de "10 Ferraris, 20 relógios e dois aviões" para gastar o dinheiro ganho no futebol.

Na vida de Mané nem sempre tudo foram 'rosas'. Nem na dele, nem dos conterrâneos. E por isso cada golo é celebrado como uma conquista de todos.

"Eles rezavam por mim todos os dias para me verem neste nível, porque ficam orgulhosos", diz, lembrando que quando chegou à Europa lá em África, onde nasceu, nem todos tinham televisão para o ver jogar.

"Na aldeia ninguém tinha o canal de televisão para me ver. Antes de mais nada, estavam entusiasmados para me verem na televisão."