"Este mundo torna-se pequeno". É assim desta forma que o diário espanhol 'Marca' retrata o triunfo do Real Madrid sobre o Grémio por 1-0 na final do Mundial de clubes. Um golo de livre direto de Cristiano Ronaldo foi o suficiente para os merengueses encerrarem o ano de 2017 como o melhor da sua história e o internacional português continuar insaciável na conquista de títulos. "O segredo é o balneário", assinala Zidane. A fotografia da manchete daquele diário só podia ser a do plantel merengue a festejar a conquista de mais uma conquista, no momento em que Ramos ergueu o troféu.
Segredo ou não, a verdade é que o Real Madrid e Cristiano Ronaldo não se cansam de ganhar. No ano que agora termina, o Real Madrid juntou o Mundial de clubes à Champions League, à Liga espanhola, à Supertaça europeia e à Supertaça espanhola. Com a conquista do troféu pelo segundo ano consecutivo, o clube merengue para além de ser o primeiro a vencer a prova em dois anos seguidos somou o terceiro título do Mundial de clubes no novo formato, o sexto contabilizando a antecessora Taça Intercontinental.
Ronaldo continua a romper barreiras. O internacional português venceu o Mundial de clubes pela quarta vez, uma delas pelo Manchester United, recorde partilhado com Kroos, e graças ao golo decisivo que apontou faturou em duas finais seguidas da prova, igualando os feitos de Eusébio (1961 e 1962) e Pelé (1962 e 1963) para além de ser agora o melhor marcador da história dos mundiais de clubes, com 7 golos, igualando o que só Pelé conseguiu, mas na Taça Intercontinental.
E depois há Zidane. Desde que sucedeu a Rafa Benítez em 2016, o técnico francês já conquistou oito troféus em 23 meses: uma liga espanhola, uma Supertaça espanhola, duas ligas dos Campeões, duas supertaças europeias e dois mundiais de clubes. Sete finais, sete vitórias. Zidane já aponta a outro feito, conquistar seis competições em que o Real Madrid participe na mesma época. Já arrebatou três, uma supertaça europeia, uma supertaça espanhola e agora o Mundial de clubes. Para atingir mais um feito inédito, o Real Madrid terá de vencer a Liga dos Campeões, a liga espanhola e a Taça do Rei.
A conquista de Ronaldo e do Real Madrid é transversal a todos os jornais desportivos espanhóis, com os da capital espanhola a darem, naturalmente, mais destaque. O diário "AS" chega até a perguntar com ironia: "Real Madrid? O quê, outra vez campeão do mundo? Não", pode ler-se na manchete cuja fotografia é a mesma da 'Marca'. Nos diários da Catalunha, o feito do Real é noticiado com menos destaque nas primeiras páginas. "Um golo de CR7 é suficiente para repetir a coroação", titula o 'Mundo Deportivo'. "Um erro do Grémio dá o título ao Madrid", diz o Sport. Em Itália, o 'Corriere dello Sport' diz que "a magia de CR7" permitiu a "festa real". "Ronaldo castiga Grémio e o Mundial é do Real". "Real mestre do mundo e Ronaldo sempre rei", diz a 'La Gazzetta Sportiva'. No Brasil, a vitória do Real Madrid também teve eco. "Real é hexa", titula o Lance que escreve "golo de falta de Cristiano Ronaldo define a vitória dos espanhóis sobre o Grémio" e transcreve uma declaração de Renato Gaúcho, técnico gremista: "Perdemos por uma falha nossa".
