Grande Futebol
O Mundial tem a marca de Mauricio Pochettino
2018-07-07 22:00:00
O treinador do Tottenham tem nove jogadores presentes nas meias-finais do Campeonato do Mundo

O Mundial de 2018 na Rússia tem a marca de Mauricio Pochettino. Nove jogadores orientados pelo treinador do Tottenham fazem parte do lote das seleções presentes nas meias-finais da competição, o maior contingente entre os clubes europeus, sendo que 55 por cento deles são dos "Três Leões", registo máximo de um treinador que na última década mais jogadores ingleses lançou e que acabaram por chegar à seleção. Bancada fez as contas e chegou à conclusão que este Mundial tem muito do treinador argentino.

Na seleção inglesa, Pochettino é nesta fase quase terminal da competição mundial representado por cinco jogadores: Harry Kane, Eric Dier, Dele Alli, Kieran Trippier e Danny Rose, todos do Tottenham. Mas a 'influência' do treinador argentino, que está quase há oito anos no futebol inglês, alastra a outras seleções que conseguiram chegar a fase decisiva de um campeonato do mundo.

Na Bélgica, há três jogadores "pochettinos" selecionados por Roberto Martínez para o Mundial da Rússia e que estão a desempenhar um papel de destaque na campanha belga: os defesas Toby Alderweireld e Jan Vertonghen, e o médio Moussa Dembélé. Para além do desempenho do guarda-redes Hugo lloris na seleção francesa, cuja última exibição foi determinante no triunfo da França.

A seguir ao Tottenham, a "marca" destas meias-finais, no que à relação entre jogadores e treinadores dos respetivos clubes diz respeito, tem a assinatura de José Mourinho e Pepe Guardiola, que têm sete jogadores treinados por eles nas meias-finais. Phil Jones, Ashley Young, Jesse Lingard e Marcus Rashford (Inglaterra), Fellaini e Lukaku (Bélgica) e Paul Pogba (França) são os pupilos de Mourinho que ainda estão 'on fire'.
Kyle Walker, John Stones, Fabian Delph e Sterling, jogadores da seleção inglesa, assim como os "belgas" Vincent Kompany e Kevin De Bruyne e o francês Benjamin Mendy são os "embaixadores" de Guardiola.

Nesta lista privilegiada, o quarto clube que surge mais representado nas "meias" do Mundial é o Chelsea com cinco jogadores presentes nas "meias". Ou seja, há um denominador comum: a demonstração de poder do futebol inglês, cujos jogadores não jogam fora do país. Tal como acontece na Rússia.

A marca Pochettino

Pochettino já foi vice-campeão com o Tottenham e, rezam as crónicas, não quer ir embora tão cedo de Inglaterra, ele que era um dos desejados do Real Madrid para suceder a Zidane. Nasceu na Argentina, foi argentino na forma como jogou numa carreira a defesa central mas como treinador privilegia um jogo dinâmico. "Vamos ter um jogo combinativo, mais respeito pela bola, jogar desde trás, tratar de jogar mais pela relva do que atirar a bola pelo ar e para a frente", disse em entrevista ao El País quando chegou a Londres.

Ou como disse mais tarde: “Somos disciplinados, mas geramos caos. Aspiramos a criar um caos organizado. Não temos jogadores com capacidade para resolverem sozinhos, não temos um Messi. No nosso plantel há muita qualidade, mas a principal é associarmo-nos, criar, combinar. Vamos avançando com a bola gerando movimentos e associações”, explicou Mauricio Pochettino, também ao El País.
E não tem sido isto o Mundial?

Os clubes mais representados nas meias-finais do Mundial 2018:

Tottenham (9)
Inglaterra: Danny Rose, Kieran Trippier, Eric Dier, Dele Alli e Harry Kane.
Bélgica: Toby Alderweireld, Jan Vertonghen e Moussa Dembélé.
França: Hugo Lloris.

Manchester United (7)
Inglaterra: Phil Jones, Ashley Young, Jesse Lingard e Marcus Rashford.
Bélgica: Fellaini e Lukaku.
França: Paul Pogba.

Manchester City (7)
Inglaterra: Kyle Walker, John Stones, Fabian Delph e Sterling.
Bélgica: Vincent Kompany e Kevin De Bruyne.
França: Benjamin Mendy.

Chelsea (5)
França: N´Golo Kanté e Olivier Giroud.
Bélgica: Thibaut Courtois e Eden Hazard.
Inglaterra: Gary Cahill