O selecionador da Colômbia, Carlos Queiroz, concedeu uma entrevista ao jornal El Heraldo e indica que o futebol perdeu o controlo do seu destino por causa da pandemia da covid-19.
Como tal, o treinador de 67 anos considera que a modalidade “está refém da saúde e economia” e que enfrenta um grande desafio.
“De repente, o futebol perdeu o controlo do seu destino e dos seus mecanismos de sucesso e está refém da saúde e da economia. Com pouco espaço para manobras e erros, o futebol enfrenta um grande desafio de maturidade e resiliência”, afirmou Carlos Queiroz.
Ao mesmo tempo, o selecionador português refere que são necessárias “decisões extraordinárias e corajosas” para que sejam salvaguardados as competições e os clubes.
“O caos instalado requer enormes sacrifícios de todos, além de decisões extraordinárias, difíceis e corajosas, que permitem a retoma do poder de decisão e salvaguardam competições e clubes”, salientou.
Assim sendo, o ex-treinador do Sporting pensa que graças às consequências desta pandemia, que o futebol deve agir de forma diferente.
Garantindo que estamos perante uma realidade “nova e dolorosa”, Carlos Queiroz acrescenta que a modalidade, como um todo, tem que ser mais “inovadora, solidária e global”, já que a crise pandémica pode questionar a sustentabilidade do futebol.
“Hoje enfrentamos um inimigo comum à escala universal, mascarado pela incerteza e imprevisibilidade. Consequentemente, estamos enfrentando uma crise sem precedentes em todo o mundo que questiona a sobrevivência e a sustentabilidade do futebol”, concluiu.