Uma verdadeira batalha campal. O dérbi entre Vitória e Bahia, no Brasil, foi interrompido depois de nove (!!!) expulsões. Como o jogo não pode continuar se alguma das equipas tiver menos de sete jogadores… a partida foi suspensa. Não se lembra de nada assim? Portugal… Angola… 2001… Já lá vamos.
No campeonato baiano, o sempre quentinho “Ba-Vi” começou logo torto. Antes do jogo, cerca de 15 adeptos foram detidos por confrontos. O costume. Lá dentro, o “festival” começou aos 50 minutos, após o golo de Vinícius. No festejo, o jogador foi dançar para a frente dos adeptos adversários e… começou a festa.
Kanu (ex-Vitória de Guimarães e Beira-Mar), Rhayner e Denilson, do Vitória, foram expulsos e o jogo esteve parado mais de 15 minutos. Nessa paragem, a confusão patrocinou ainda quatro expulsões no Bahia: Vinícius e Lucas Fonseca foram postos fora, para além dos dois suplentes Edson e Becão.
Vamos a contas: Oito do Vitória contra nove do Bahia. O jogo prosseguiu e, aos 76 minutos, Uilian entrou “a matar” e foi expulso. Aqui, veio a polémica. O Vitória estava a apenas um expulso de o jogo ser suspenso e o seu treinador, Vagner Mancini, alegadamente, deu instruções para que Bruno Bispo forçasse a expulsão, para acabar com o encontro. Dito e feito. Poucos segundos depois, o jogador chutou, propositadamente, a bola para longe e foi expulso por duplo amarelo.
Mancini negou tudo. “Não, não partiu do banco. Não sei por que motivo está toda a gente a bater. Tenho mais de 30 anos no futebol. Quem tiver provas, que apresente.
Vamos a contas finais: porrada com fartura, nove expulsões, cerca de 15 detidos e um empate a um golo tornou-se um triunfo do Bahia, por 3-0.
E aquele Portugal-Angola?
Este episódio, no Brasil, teve contornos semelhantes a um outro mais conhecido dos portugueses. 14 de novembro de 2001. Um jogo particular que deveria ser uma festa bonita, entre países irmãos, terminou mais cedo. Tudo porque os rapazes angolanos fizeram da agressividade uma tática de jogo.
É preciso "talento" para ser expulso num particular. Mais ainda se for… aos 16 minutos. Com Angola a ganhar 1-0 (golo de Mendonça), Asha foi o primeiro a ir para o banho, depois de dois amarelos em duas entradas duras. Aos 27 minutos, Wilson viu o segundo amarelo por protestos e, logo a seguir, foi a vez de Franklim “virar” João Vieira Pinto e ir ter com os outros dois companheiros.
O jogo acalmou e durou até cerca de 20 minutos do final. Neto viu o segundo amarelo, novamente por uma entrada dura, sobre João Tomás, e, pouco depois, Hélder Vicente lesionou-se. Angola já não podia fazer substituições e tinha apenas seis jogadores em campo. Por isso, acabou a partida.
Acabou a partida, mas não acabou a pancadaria, com cadeiras arrancadas e atiradas para a pista do Estádio de Alvalade. Recorde algumas das entradas mais duras desta partida, com imagens da RTP.
