O que acontece quando a cor da camisola do guarda-redes é igual à do árbitro? Alguém troca. Certo? Errado. Na Liga Uruguaia (sim, na primeira divisão), a solução passou por pedir a um adepto que emprestasse a camisola ao guarda-redes. Uma história que, no final, teve um plot twist que lhe tira o brilho. Mas o bizarro já lá está. É que, normalmente, são os jogadores a dar a camisola aos adeptos…
O histórico Peñarol, sem sair de Montevideo, visitou o campo do vizinho Progreso. O guarda-redes Kevin Dawson (sim, é uruguaio) tinha uma camisola preta para ir a jogo. Tal como a equipa de arbitragem, que queria ir com a mesma cor. Solução? Usar o segundo equipamento. Ups, que não há. O Peñarol, equipa da primeira divisão uruguaia – que já ganhou cinco Libertadores – decidiu levar apenas uma camisola para o guarda-redes.
Posto isto, a solução foi olhar para a bancada. Chamem o rapazola que está ali sentado, que ele tem uma camisola bem gira.
Insólito lo que pasó en el fútbol urguayo. Le pidieron a un hincha de #Peñarol su camiseta de arquero para que la use Dawson, guardameta del equipo aurinegro, por problemas en el color de la indumentaria. Sí, es real. pic.twitter.com/WAZIQFmA2t
— El Hincha (@ElHinchaWeb) 29 de abril de 2018
Este jovem adepto rapidamente se disponibilizou para emprestar a camisola cor-de-laranja que tinha vestida, precisamente com o número 1. Um verdadeiro guarda-redes. O adepto chegou a ir ao balneário entregar a camisola e regressou à bancada… de tronco nú. Acabou por vestir um casaco emprestado pelo clube.
Vejamos: um adepto vai à bola, tem a possibilidade de ajudar diretamente o seu clube – para além dos cânticos e das palmas –, vê o seu guarda-redes vestir a sua camisola e, no final, ainda ganha um casaco oficial do clube que apoia. Melhor seria impossível. Ah, é verdade: o Peñarol venceu por 1-0 e está na luta pelo torneio de Abertura, que termina na próxima jornada.
Plot twist: Para o fim, deixamos a desilusão: teria sido engraçado que Kevin Dawson tivesse, de facto, usado a camisola do adepto. Depois de o jovem fã do Peñarol ter ido dar a camisola ao guarda-redes, a solução foi outra: a equipa de arbitragem arranjou um equipamento azul-celeste e, assim, o guarda-redes pôde levar a camisola preta inicialmente prevista pelo clube.
Foi pena, foi pena.
“Manda lá esse boné”
Outra história parecida – embora não tão bizarra – foi protagonizada por Joe Hart, guarda-redes do West Ham. Já neste ano, o inglês estava a ter problemas com o sol. Nada que não se resolva com a ajuda de um adepto.
Joe Hart tem sido bastante criticado pelas fracas exibições e pelos erros sucessivos, mas, pelo menos neste jogo, o sol não pode ter sido desculpa.