Grande Futebol
"Não gosto que engenheiros, advogados, padres e surfistas falem de futebol"
2020-01-06 15:15:00
"Também não mando postas sobre surf ou bodyboard", diz o avançado português

Gonçalo Paciência admite estar integrado cada vez mais ao futebol alemão mas as comparações com o pai, Domingos Paciência, são eternas e algo com que, ao longo dos anos, aprendeu a conviver.

Em entrevista à 'Tribuna Expresso', ao falar de um dos seus irmãos (João Paciência), que se dedica aos desportos do mar, o avançado do Eintracht aproveitou para deixar uma mensagem em jeito de crítica a quem gosta de futebol.

"Não gosto que advogados, engenheiros, padres e surfistas falem de futebol, portanto, também não me meto no bodyboard ou no surf para mandar umas postas. Fico no meu cantinho, faço o meu trabalho e divirto-me muito a jogar futebol. É o que amo e gosto de fazer", afirmou o internacional português, que se formou no FC Porto.

Na entrevista, ao falar da mudança de contexto que sentiu ao passar da Liga portuguesa para a Bundesliga, o avançado luso salientou a aprendizagem que tem retirado ao longo da carreira.

"Nós, jogadores de futebol, e tive essa experiência, em momentos em que não jogamos tanto, a culpa é do treinador, disto ou daquilo. E, às vezes, é bom que levemos com alguns choques e 'socos' na carreira para se perceber o que, realmente, nos falta e poderá acordar de certa forma."

Nesta entrevista à 'Tribuna Expresso', Gonçalo Paciência falou ainda da intensidade que notou no Eintracht. "Tenho qualidade técnica, mas, em termos de intensidade, faltava-me um bocado. Quando cheguei aqui, dei o clique e agora estou nesse caminho".