Luís Castro, treinador do Shakhtar Donetsk, concedeu uma entrevista ao jornal A Bola e considera que os treinadores de futebol estão "sempre a tempo de melhorar", na profissão.

Questionado sobre se espera uma cultura desportiva diferente em Portugal, o técnico pensa que pode haver mais respeito entre os intervenientes e acrescenta que “temos de constatar a realidade e sermos verdadeiros perante os nossos olhos”.

“O que sinto é que às vezes estamos a ter todos o mesmo pensamento, mas o que dizemos é diferente. Muitas vezes dizemos o que não vemos para tentar influenciar, para nos defendermos. Muito mais do que falarmos temos é que fazer”, afirmou Luís Castro.

Relativamente à competitividade das equipas portuguesas nas competições europeias, o ex-treinador do Vitória de Guimarães refere que a perda “não vai ser tão substancial”, já que todos os campeonatos vão sofrer com as consequências da covid-19.

No entanto, Luís Castro indica que as equipas de menor dimensão vão ter maior dificuldade em sair desta situação, já que Portugal “vai deixar de ter” capacidade para contratar futebolistas estrangeiros.

Como tal, o português aconselha a uma maior aposta nos jovens jogadores.

Em relação às dificuldades financeiras que alguns clubes estão a atravessar por causa da pandemia, Luís Castro explica que o futebol não pode estar isolado do mundo, já que todas as atividades “implicam dinheiro”.

Dando o exemplo que emblemas como o Barcelona e Juventus tiveram que cortar nos seus salários, o treinador entende a posição em que o futebol, a nível financeiro, está inserido.

“Poucos clubes apresentam contas positivas. Quando não há receitas televisivas, de publicidade, de bilhética, claro que os clubes entram em dificuldades. Como qualquer outra empresa”, completou.