Grande Futebol
Lionel Messi enfrenta a maldição da Copa América
2019-06-12 11:05:00
Argentino tenta uma conquista inédita no seu currículo, que lhe escapa desde 2007

Lionel Messi vai disputar no Brasil, na edição 46 da Copa América em futebol, que arranca na sexta-feira, a sua nona fase final pela Argentina, à procura de um título ao serviço do seu país pelo qual ‘desespera’.

Entre Mundiais e a principal competição sul-americana de seleções, Messi, atualmente com 32 anos, já esteve em quatro finais, mas nunca conseguiu sair vencedor, sendo que em metade das oito provas em que participou ‘caiu’ nos penáltis.

De 2006 a 2018, o jogador do FC Barcelona somou frustrações atrás de frustrações ao serviço da seleção ‘albi-celeste’, mas ainda não desistiu, porque, como já afirmou várias vezes, não quer acabar a carreira sem vencer algo pela Argentina.

No seu currículo já constam dois títulos importantes pelo seu país, mas não na seleção principal: venceu o Mundial de sub-20, na Holanda, em 2005, e arrebatou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008.

Pela formação ‘AA’, continua a ‘zero’, numa trajetória que, em grandes competições, começou no Mundial de 2006, prova em que a Argentina caiu nos quartos de final, derrotada pela Alemanha, nas grandes penalidades (2-4).

No ano seguinte, na sua primeira Copa América, chegou à final, mas, na Venezuela, o Brasil, que nem estava na máxima força, superiorizou-se claramente, vencendo por 3-0.

Três anos depois, no segundo Mundial, na África do Sul, Messi não foi feliz, sob o comando de Diego Armando Maradona, com a Argentina a despedir-se novamente nos ‘quartos’ face aos alemães, desta vez com uma goleada por 4-0.

Em 2011, a Copa América foi em solo argentino, mas a seleção anfitriã não passou, novamente, dos quartos de final, eliminada pelo Uruguai - que viria a conquistar a competição -, em mais um desempate por penáltis (4-5).

Ao terceiro Mundial, em 2014, no Brasil, Messi chegou com a Argentina à final, mas, também pela terceira vez, caiu face à Alemanha, desta vez no prolongamento, por culpa de um tento de Mario Gotze, aos 113 minutos, no Maracanã.

Foi a primeira de três finais em três anos, as duas seguintes quase iguais, em 2015 e 2016, com desaires na final perante o Chile, depois de 120 minutos sem golos: 1-4 na primeira ‘lotaria’, só com Messi a acertar, e 2-4 na segunda.

No ano passado, na Rússia, a Argentina fez a pior fase final na ‘era Messi’, ao tombar do Mundial2018 nos oitavos de final, batida por 4-3 pela França, que viria a sagrar-se campeã.

De regresso ao Brasil, em 2019, Messi vai, assim, disputar a sua nona fase final pela Argentina e quinta na Copa América, prova em que soma 11 assistências, marca que é recorde da história da competição, e oito golos.

Nos 21 jogos que disputou na prova, o atual capital da ‘albi-celeste, que representou em 130 ocasiões, somando 67 golos, contabilizou 13 vitórias, sete empates e uma mísera derrota, com o Brasil, na final de 2007. Não perde há 15 jogos.

Em relação à época 2018/19, Messi, que ganhou a Liga e a Supertaça de Espanha, soma 53 golos e 19 assistências, em 52 encontros, tendo sido, pela sexta vez, o melhor marcador da Liga dos Campeões, com 12 golos, e da Liga espanhola, com 36, que lhe valeram também uma sexta ‘Bota de Ouro’.