Grande Futebol
“Jorge Jesus… Seria tudo ao contrário se aquele penaltizinho fosse marcado...”
2020-02-11 11:10:00
Vanderlei Luxemburgo com muita dificuldade em reconhecer mérito ao técnico português

O técnico do Palmeiras foi o convidado do programa Jogo Sagrado, da Fox Sports Brasil, e manifestou grande dificuldade em reconhecer méritos a Jorge Jesus.

Vanderlei Luxemburgo não acha que o treinador português tenha revolucionado o futebol brasileira e lembra outras grandes equipas com feitos semelhantes, ainda que tenha de recuar anos, até décadas.

“Não, acho que não [revolucionou o futebol brasileiro]. É um bom treinador… Mas já tivemos tantas equipas revolucionárias no Brasil… Não é a primeira vez que tivemos equipas revolucionárias”, disse.

Benjamin Back confrontou o técnico com os feito de Jesus, os recordes que quebrou, a forma intensa como o Flamengo joga… Mas nem assim Vanderlei Luxemburgo se mostrou ‘disposto’ a reconhecer os feitos do português. E lembra “um penaltizinho”.

“Jorge Jesus, quando veio para o Flamengo, no início foi muito perigoso. Mas seria tudo ao contrário – e nós estaríamos a falar diferente – se aquele penaltizinho fosse dado ao Emelec. Era o terceiro golo”, justificou o técnico de 67 anos.

Vanderlei Luxemburgo referia-se aos oitavos de final da Libertadores, que colocou em confronto as duas equipas: o Emelec venceu a primeira mão, por 2-0, mas o Flamengo recuperou da desvantagem e também ganhou pelo mesmo resultado, superando a eliminatória nas grandes penalidades. 

Para Luxemburgo, “aquilo deu segurança para o Jesus”. E “dali para a frente ele contou com contratações sonantes “e teve algo que nunca houve no Brasil: cinco jogadores que jogaram a Champions na mesma equipa, ao mesmo tempo”.

Veja o vídeo.

Noutro momento do programa, Luxemburgo foi confrontado com uma realidade: a ausência de treinadores brasileiros na Europa e a presença cada vez mais notada de técnicos europeus no Brasil. A resposta surpreende:

“Nós, técnicos de ponta, no Brasil, somos bem remunerados e temos um futebol de primeiro nível. Comparando o Brasileirão com a Champions, o nosso campeonato segue taco a taco… Temos uma competição muito boa. O nosso problema é o idioma. Nós, no colégio de base, só aprendemos português. Lá fora já aprendem três idiomas”, defendeu.

No estúdio surge discórdia, com um exemplo: Guardiola, para treinar o Bayern Munique, esteve um ano a estudar alemão. Ronaldo, o Fenómeno, saiu para a Europa e teve de aprender diversas línguas…

Eis esse momento do debate: