Leandro Paredes está a ser o protagonista principal de um dos casos mais insólitos que o mundo do futebol presenciou recentemente. O jogador do Zenit está a ser acusado, pelos adeptos do próprio clube, assim como por argentinos, de ter forçado a expulsão no último jogo da equipa russa, na receção ao Akhmat Grozny, de forma a estar castigado para jogar e, assim, disponível para viajar para a Argentina e poder assistir à final da Taça Libertadores, que irá ser pela primeira vez disputada entre Boca Juniors e River Plate. É que o médio de 24 anos é adepto confesso do Boca, emblema no qual deu os primeiros passos no desporto rei e permaneceu durante oito anos antes de rumar à Europa.
Foi aos 83 minutos do encontro de domingo passado que Paredes foi admoestado com o segundo cartão amarelo, após uma entrada dura sobre Ravanelli Ferreira dos Santos. Com esta expulsão, o médio não pode ser opção para o treinador Sergei Semak na deslocação ao terreno do CSKA Moscovo, marcada para o próximo domingo. Os aficionados do clube de São Petersburgo não tardaram em levar a cabo uma espécie de ‘investigação’ ao passado de Paredes, no qual verificaram que o jogador apenas foi expulso duas vezes em 150 jogos na carreira… e aí começou a especulação, destacada pela imprensa desportiva um pouco por toda a Europa, nos últimos dias. Os adeptos do Zenit consideraram a falta de Paredes, cometida numa povoada zona de meio-campo, como ‘infantil’ e ‘desnecessária’.
Ora bem, é neste sábado que tem lugar a primeira mão da final da Taça Libertadores, com o Boca Juniors a receber o River Plate no ‘La Bombonera’. Um período de tempo no qual Paredes não tem de se preparar, nem entrar em estágio para jogar… o que mereceu a desconfiança dos adeptos do Zenit. Outra das situações que aumentou as proporções da situação foi uma publicação do jogador nas redes sociais quando se ficou a saber que a decisão da competição sul-americana seria um superclássico argentino. Paredes publicou uma fotografia abraçado a Driussi, colega no Zenit, e adepto do River Plate. “Somos rivais, não inimigos, vamos aproveitar esta final histórica sem violência”, escreveu o médio.
Pois bem, o próprio Paredes já reagiu a toda a controvérsia, ao negar que tenha forçado a expulsão para poder ir à Argentina ver a final da Libertadores. “É tudo mentira. Nada aconteceu. É algo que foi inventado na Argentina. Não forcei o cartão vermelho propositadamente, nunca faria algo assim. Quando ouvi que isto estava a ser falado, falei com diretor desportivo do Zenit e ele disse-me que eles acreditavam em mim”, referiu o médio em declarações à ‘Fox Sports Argentina’. Seja verdade ou mentira, no sábado poderá saber-se se Paredes irá mesmo marcar presença em plena ‘Bombonera’ para ver um dos duelos futebolísticos mais aguardados da história do desporto rei.
