Rui Silva é uma das figuras de destaque deste início de época do sensacional Granada, que ocupa o quarto lugar da La Liga. Em entrevista ao jornal 'O Jogo', o guarda-redes português revela que começou por querer imitar Vítor Baía, mas que hoje olha para Ter Stegen como uma referência. 

"Quando era miúdo, o Vítor Baía era a minha referência, era ele que procurava imitar, apesar de já não jogar há muito tempo. Hoje olho para o Ter Stegen, que considero ser um guarda-redes completo", afirmou. 

Em Granada desde 2016/2017, o ex-guarda-redes do Nacional da Madeira reconhece que "sabia da dificuldade" de adaptação a uma nova realidade, mas sublinha que a confiança dada pelo técnico foi preponderante para uma caminhada que tem sido de sucesso, com uma subida ao principal escalão do futebol espanhol e uma marca histórica no clube. 

"Sabia da dificuldade. Era um passo em frente na carreira vir para Espanha, para uma das melhores ligas do mundo. (...) O míster passou-me grande confiança e eu sabia que podia ter um papel importante na equipa e no alcançar dos objetivos, apesar de ter estado praticamente ano e meio sem jogar. Senti ao início um pouco de pressão, tinha noção de que era um ano onde não podia falhar. (...) Na época passada fiz história no clube porque não sofri golos em 18 de 40 jogos, uma grande marca. Esta também está a correr muito bem", explicou. 

Rui Silva é apenas um de muitos portugueses a disputar o campeonato espanhol. Domingos Duarte, seu companheiro no Granada, é "já um patrão da defesa" e Nélson Semedo tem "imenso valor", mas é sobre João Félix que o guarda-redes luso deposita mais 'esperanças'.

"Há cá jogadores com grande qualidade e já defrontei o Nélson Semedo, que tem imenso valor. Os nossos futebolistas têm deixado aqui a sua marca. Falou-se muito do João Félix pela transferência, mas tem vindo a demonstrar todo o seu potencial. Pode atingir um alto patamar e elevar o nome de Portugal em Espanha como fez Cristiano Ronaldo", referiu.