Eliaquim Mangala é um dos jogadores do Valência que está infetado com o novo coronavírus e explicou ao jornal francês 'L’Équipe' como passa os dias na mesma casa da família mas em andares isolados.

"O meu dia é simples: não tenho sintomas, então posso continuar a treinar", revela o ex-central do FC Porto, explicando que o Valência deu "um calendário" com exercícios para os jogadores realizarem.

"Saio para o meu jardim com uma máscara para treinar. Depois vejo documentários, filmes, jogo videojogos e leio", detalha, explicando que procura evitar o contacto "ao máximo" com a família.

Mangala conta que fez exames na passada sexta-feira e recebeu os resultados no domingo.

"Não tinha quaisquer sintomas, estava tudo normal", recorda, lembrando que quando foi informado pelo médico do Valência que estava contaminado com o Covid-19 ficou "chocado".

"Pensei que fosse uma brincadeira, à primeira".

Só que não era e, daí em diante, os dias do ex-defesa do FC Porto passaram a ser diferentes por causa do novo coronavírus, cujo surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se entretanto por mais de 140 países e territórios.

As competições de futebol estão na sua grande maioria paradas, entre os quais a Liga portuguesa, onde, apesar da quarentena de muitos jogadores e adeptos, já se pensa num regresso à competição ou em formas de se encontrar o campeão nacional, na eventualidade das provas não serem retomadas.

O jurista e advogado Jerry Silva, mestre em Direito do Desporto pela Universidade Lusíada, especializado em Desporto Profissional pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, antecipou ao Bancada tempos em que os clubes vão tentar fazer valer os seus argumentos jurídicos, se a Liga não for retomada, e antecipa uma “casa de muita ralha e pouca razão”.