Depois das palavras deste domingo, após a vitória sobre o Grémio, onde respondeu às críticas de que tem sido alvo por parte dos treinadores brasileiros, Jorge Jesus tem visto várias personalidades sair em sua defesa. 

Marcos Braz, vice-presidente do Flamengo, considerou que o que estão a fazer ao português é "sacanagem" e "covardia", enquanto Gustavo Hofman, jornalista da ESPN Brasil, diz que "há ciúmes e um pouco de xenofobia" contra o ex-técnico de Sporting e Benfica. 

"Queremos tanto que os treinadores brasileiros tenham sucesso lá fora, porquê esta choradeira toda com os estrangeiros aqui? Há ciúmes sim e um pouco de xenofobia em algumas declarações. Porque não pode um treinador estrangeiro vir aqui, apresentar novidades e fazer um bom trabalho? Jorge Jesus está a fazer um bom trabalho, sim. Não está a revolucionar o futebol brasileiro, não é por aí, as pessoas também gostam de radicalizar às vezes", começou por dizer, em declarações reproduzidas pelo jornal 'O Jogo'.

"Ele apresenta uma plataforma tática diferente, um conceito de futebol ofensivo que normalmente não vemos por aqui, uma forma de trabalhar totalmente diferente. O Flamengo fazia estas coisas antes? Não. Então é novidade. Querem brincar com a Língua Portuguesa?", questiona. 

Hofman sublinha ainda que ao falar da globalização, Jorge Jesus abriu dois debates no futebol brasileiro, lembrando que "há pessoas que se esquecem e querem fechar fronteiras num país que vive em crise humanitária".

"Antes desta discussão entre treinadores estrangeiros e treinadores brasileiros, havia a discussão entre treinadores da nova geração e da velha guarda. Sabe quantos anos tem o Jorge Jesus? Sessenta e cinco. É da nova geração, por acaso?", remata.