Já se passaram mais de 30 anos, mas Paulo Futre ainda não percebeu o por que motivo não venceu a Bola de Ouro de 1987, ano em que conquistou a Liga dos Campeões pelo FC Porto e em que se transferiu para o Atlético Madrid. A lenda do clube espanhol ficou na segunda posição, perdendo o troféu para Ruud Gullit nesse ano, mas considera que o resultado da votação foi injusto.

"A verdade é que continuo sem entender o que se passou. Pensava que ia ganhar! Tinha assinado pelo Atlético no verão de 87 após fazer parte do milagre do Porto: ganhar a Taça dos Clubes Campeões Europeus contra todos os prognósticos, ainda por cima vencendo o Bayern na final! Fui muito importante na competição. Marquei nos oitavos, nas meias-finais e na final fiz a melhor jogada da minha vida que eu o impulso que precisávamos para a reviravolta contra o gigante alemão. Francamente, não sei o que podia ter feito mais para ganhar", disse em entrevista ao jornal espanhol 'Marca'.

Sobre a Bola de Ouro de 2018, cujo vencedor se vai conhecer no início de dezembro, Futre tem um favorito: Antoine Griezmann, avançado do Atlético Madrid e da seleção de França. "Penso que está muito bem posicionado para ganhar. É campeão do mundo sendo um dos protagonistas da seleção. Também foi determinante para ganhar a Liga Europa. E, dos grandes favoritos, é o que está mais destacado no que levamos da temporada. Se não ganhar não será tão escandaloso como no meu caso, mas perceberia que ele sentisse a injustiça. Como 'colchonero', ficaria muito feliz se o Griezmann fosse o primeiro 'rojiblanco' a levantar a Bola de Ouro. (...) Seria a confirmação oficial do que todos já sabemos: que o Atlético é um gigante da Europa e chegou ao Olimpo para ficar. É incrível o trabalho que está a ser feito. O prémio seria um grande reconhecimento tanto para Griezmann como para todo o projeto. E os adeptos merecem mais que qualquer outros", referiu à mesma publicação.