A realidade no futebol após a pandemia do novo coronavírus vai sendo desenhada e discutida, com muitas figuras do futebol (presente e passado) e deixarem a sua ideia, sobretudo ao nível quer dos salários praticados, quer do mercado de transferências.
Fabio Paratici, diretor-desportivo da 'vecchia signora', onde joga Cristiano Ronaldo, sugeriu que o modelo de transferências utilizado na NBA possa ser replicado no futebol.
"Penso que podemos pensar em várias alterações, aproximando o futebol da NBA", afirmou o dirigente, em declarações ao 'Tuttosport'.
Paratici pretende, por exemplo, que em vez da habitual compra e venda do passe de jogadores, a FIFA e a UEFA autorizassem uma troca de contratos entre clubes.
Com a ideia lançada para a discussão, Fabio Paratici espera que o tema seja analisado pelas instâncias desportivas e pelos clubes, procurando um acordo amplo nesta medida que, se for adiante, poderá revelar-se numa verdadeira revolução no mercado de transferências a nível mundial, a que os clubes portugueses - tipicamente vendedores de talentos para mercados internacionais - devem estar especialmente atentos.
Basta lembrar, por exemplo, o lucro para os cofres encarnados originado pela mudança de João Félix para o Atlético de Madrid.
Seja como for, o diretor da Juventus olha para a realidade económica da indústria do futebol e nota que há países que podem ultrapassar a crise de uma forma mais rápida.
"É provável que alguns clubes, como por exemplo na Alemanha, venham a beneficiar da situação generalizada de crise em virtude de uma economia estrutural mais forte do que outras".
A ideia de Paratici é que os clubes possam combater a falta de receitas que a Covid-19 poderá gerar no mercado mundial.
À mesma publicação, Giuseppe Marotta, diretor-executivo do Inter Milão, perspetiva uma queda abrupta no valor das transações no próximo mercado de transferências.