A paragem da liga francesa fez escalar o confronto verbal entre os presidentes do Lyon, Jean-Michel Aulas, e do Marselha, Jacques-Henri Eyraud.

O pontapé de saída foi dado por Eyraud. O líder do Lyon, onde joga o internacional português Anthony Lopes, defendeu que o campeonato deveria terminar sem título atribuído e com a classificação idêntica à do final da temporada passada.

A sugestão não tardou a ser contestada. É que o Lyon terminou a época de 2018/19 no terceiro posto, com qualificação para a Liga dos Campeões, e encontra-se agora no sétimo posto (com o campeonato suspenso devido ao Covid-19), fora do acesso à Liga Europa.

"Líder máximo, pronto para atacar um vírus devastador para ocultar a época difícil do seu clube", ironizou Jacques-Henri Eyraud, presidente de um Marselha que agora é segundo classificado e que terminou a época passada no quinto posto, sem acesso às provas europeias.

Rebentada a polémica, o Lyon tentou esvaziar o caso, argumentando – em comunicado – que as palavras do presidente tinham sido mal interpretadas.

Só que o mesmo Jean-Michel Aulas proferiu novas palavras, agora dirigidas ao presidente do Marselha, clube orientado pelo português André Villas-Boas.

"Felizmente para ti e para os teus discípulos, o ridículo mata menos do que o coronavírus. De resto, espero com todo o meu coração que o campeonato seja reatado rapidamente e que o consigamos terminar, tal como o jogo para a Liga dos Campeões e a final da Taça", atirou.

"O futebol nunca foi a tua maior habilidade", continuou o presidente do Lyon, para o homólogo do Marselha: "Depois de teres proposto aumentar o valor dos golos marcados de fora da área, ter 200 milhões de euros de prejuízo em três anos em vez dos 30 milhões autorizados pelo fairplay financeiro, agora expões-te a uma queixa de difamação por teres manipulado as minhas palavras".