Grande Futebol
"Estou mais seguro na China do que na Europa", conta avançado João Silva
2020-03-17 15:10:00
Jogador está a terminar período de quarentena no país onde teve início o Covid-19

O avançado João Silva está de regresso à China e assume que se sente "mais seguro do que na Europa", nesta altura em que o Covid-19 vai afetando vários países do velho continente. "Agora são eles que estão com medo da Europa", revela, dizendo que se sente bem em território asiático.

"Estou ótimo aqui, estou a ser muito bem tratado. Sinto-me seguro, muito mais seguro se estivesse na Europa", explica João Silva, em declarações ao 'Maisfutebol'.

O português, que assinou pelos chineses do Nantong Zhiyun, em agosto, explica que voltou a Portugal em novembro mas voltou em janeiro para território asiático.

No entanto, como o surto estava a preocupar os chineses, foi enviado para Portugal, tendo agora, em março, regressado à China, até porque a situação está "a normalizar".

"As pessoas voltaram a trabalhar, já se vê pessoas na rua, mas sempre com muito controlo. Passei por Xangai e já se vê muita gente a rua, já há trânsito, pessoas a ir ao shopping e aos mercados".

João Silva explica que "o povo obedeceu às ordens do governo" e "praticamente estiveram em quarentena 50 dias, todos fechados em casa".

E por conhecer o exemplo chinês, o avançado não compreende como é que Portugal "ainda não fechou as portas".

O coronavírus responsável pela pandemia da Covid-19 infetou cerca de 170 mil pessoas, das quais 6.850 morreram. Das pessoas infetadas em todo o mundo, mais de 75 mil recuperaram da doença.

O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se por mais de 140 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde a declarar uma situação de pandemia.

Depois da China, que regista a maioria dos casos, a Europa tornou-se o epicentro da pandemia, com quase 60 mil infetados e pelo menos 2.684 mortos, o que levou vários países a adotarem medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.

Em Portugal há 331 pessoas infetadas, segundo o mais recente boletim diário da Direção-Geral da Saúde, tendo-se registado na segunda-feira a primeira morte.