O procurador francês Jean-Yves Lourgouilloux assumiu que todos os tipos de prova podem ser usados pela justiça gaulesa em tribunal, desde que cumpram uma premissa: não podem ser obtidos de forma ilegal por parte de entidades judiciais francesas. No caso de Rui Pedro, não se viola esta regra.
"Para que fique claro: de acordo com a lei francesa, o princípio da liberdade da prova permite aos investigadores usarem qualquer prova perante o tribunal, desde que não tenha vindo de ações ilícitas por parte dos tribunais ou dos magistrados. Mas qualquer prova que seja trazida pode ser usada", disse Lourgouilloux, citado pela revista Sábado.
O procurador deixou claro que, no caso de Rui Pinto, mesmo que se venha a confirmar que o pirata informático as obteve por meios ilicitos, a justiça francesa aceita as provas como válidas.
Jean-Yves Lourgouilloux concedeu estas explicações durante a conferência de imprensa do Eurojust, onde se falou do caso 'Football Leaks'.
Rui Pinto continua em prisão domiciliária a aguardar o desenrolar do processo de extradição para Portugal e está indiciado de seis crimes: dois de acesso ilegítimo, dois de violação de segredo, um de ofensa a pessoa coletiva e outro de extorsão na forma tentada.