O nome de Jorge Jesus tem sido associado ao Benfica, nos últimos dias, depois do ciclo negativo de jogos que determinou a perda de uma vantagem de sete pontos relativamente ao FC Porto. Os encarnados estão agora a um ponto do líder e surge… Jesus.

Também no período em que os dragões seguiam a sete pontos do Benfica o nome do técnico português foi associado ao FC Porto. 

Em entrevista ao programa Jogo Sagrado, da Fox Sports Brasil, o técnico desmente qualquer abordagem de Portugal. E assinala a curiosidade de ser sempre associado a um grande português que atravesse um mau momento.  

“É totalmente mentira. Não tem ponta de verdade. Todos os anos o meu nome é associado aos dois [Benfica e FC Porto]. Falam sempre no meu nome. É claro que eu vou regressar a Portugal, só não sei quando”, esclareceu o técnico.

Porém, no final da época em Portugal o cenário pode mudar. “Se calhar, daqui a dois ou três meses estou a pensar de maneira diferente”, adiantou, ressalvando o óbvio: apenas os clubes grandes o cativam em Portugal, sendo que o SC Braga merece um destaque.

O futuro de Jorge Jesus deverá passar pelo Flamengo. “A pessoa que me trouxe ao Brasil já esteve na semana passada no Brasil, e teve algumas reuniões com pessoas do Flamengo. Não estive presente, porque não quero criar frisson, porque cada um defende os seus interesses. As coisas estão neste ponto e eu acho que se vai resolver. Mas passam treinadores, presidentes e o clube, neste caso o Flamengo, é sempre maior do que qualquer uma das partes”, revelou.

 Jorge Jesus revela também que a sua passagem pelo Brasil o fez mudar de opinião relativamente ao sonho de treinar um grande europeu.

“Já mudei aquela ideia que eu tinha de ir para um grande da Europa, para ganhar a Champions. O Flamengo já me fez mudar esse pensamento. Quando sair vou regressar e acabar a carreira em Portugal”, disse.

O treinador repetiu a paixão pelos adeptos que sentiu no Brasil, mais do que em qualquer outra parte do mundo:

“Em Portugal, nunca aconteceu. Na Arábia Saudita, não eram 70 mil, mas em todos os jogos gritavam ‘I love Jesus’. Eles gritavam… E falar em Jesus, ali, é complicado. O Maracanã é único. Não conheço nenhum estádio do mundo assim. Já passei pelo Bernabéu, como treinador, em grandes estádios do mundo, e não há igual”.