Histórica figura do futebol holandês e mundial, Frank de Boer não compreende a decisão da Federação 'laranja' em avançar com uma medida que visa o pagamento igual de salários entre equipas masculinas e femininas, a partir de 2023.

Para De Boer trata-se de algo "ridículo" e, em entrevista ao jornal britânico 'The Guardian', faz a defesa da sua ideia com a popularidade que o futebol masculino tem.

"Se 500 milhões de pessoas assistem à final de um Mundial e 100 milhões à final do Mundial feminino, existe uma diferença. Por isso, não é a mesma coisa."

Na mesma linha prossegue a destacar que, se o futebol feminino "for tão popular como o masculino", nesse caso, "devem receber a mesma coisa". 

O holandês lembra que em outras áreas da sociedade entende que essa igualdade possa acontecer. No futebol, para já como está, não crê.

"Numa posição de chefia num banco, por exemplo, o salário tem de ser igual porque não depende do físico, mas disto [disse apontando para a cabeça]" e, nesse caso, não entende a razão pela qual devem ganhar "menos se fazem um trabalho igual ao dos homens".

Porém, reforça, nesta altura, no que ao futebol diz respeito "existe uma diferença".