Grande Futebol
Depois de Jesus, Deus no comando, a “roçar a excelência”
2019-11-11 11:25:00
Uma bela conferência de imprensa do adjunto de Jorge Jesus

João de Deus esteve na conferência de imprensa (Jorge Jesus esteve na bancada a cumprir castigo) para fazer a análise à vitória do Flamengo diante do Bahia, que permite ao clube dar mais um passo rumo ao título no Brasileirão.

“Eu, tal como os meus colegas de equipa técnica, tenho um conjunto de tarefas que estão bem definidas, de auxílio e suporte ao trabalho do nosso chefe. Dentro daquilo que me é proposto fazer, tento ser o mais competente possível, roçar a excelência. Se não for assim, trabalhar com o mister é muito complicado”, explicou, quando convidado pelos jornalistas a comentar qual o seu papel dentro da equipa técnica liderada por Jesus.

Sobre a euforia que se vive em redor do ‘Mengão’, João de Deus lembra que o Flamengo “ainda não é campeão”.

“Vamos na frente, temos uma vantagem, mas sabemos que, se não ganharmos os próximos jogos, essa vantagem dilui-se. Há 18 pontos em disputa e oxalá consigamos terminar o campeonato com mais esses 18 pontos. Para já, estamos longe que isso aconteça. Temos uma vantagem que, se vacilarmos, rapidamente vai embora” explica.

Sereno, João de Deus deu uma pequena aula. E foi ao detalhe dos números do Flamengo, numa análise ao embate com o Bahia.

“Uma equipa que tem 67 por cento de posse de bola, que faz 529 passes num jogo e que tem 21 remates, forçosamente tem de ser melhor. E em condições normais vence. Estamos muito satisfeitos”, referiu.

Mas uma conferência de imprensa não vive apenas de respostas. Também as perguntas merecem, por vezes, ser valorizadas. Um jornalista brasileiro confrontou João de Deus com o “carinho e respeito” que os jogadores manifestam.

“Nós percebemos que todos os jogadores do plantel têm um carinho e um respeito muito grandes por você. Vimos alguns jogadores a abraçar-te”, afirmou, convidando o adjunto a comentar esse facto.

Oiça a resposta, numa bela conferência de imprensa de um treinador português que, ainda que como adjunto, também brilha no Brasil. Deus saiu da sombra de Jesus.