Grande Futebol
Até onde poderá ir Neymar? Tite ficou de boca aberta e não sabe responder
2018-06-11 18:30:00
O brasileiro brincalhão, que tem o dom de irritar os adversários, igualou Romário. Só Pelé, Zico e Ronaldo o superam

Até onde poderá ir Neymar? A resposta não será fácil tendo em linha de contra o estrondoso regresso, com dois golos extarordinários, plenos de classe, plenos de técnica, do astro brasileiro após uma arreliadora fratura no quinto metatarso do pé direito. Nem o próprio jogador esperaria um retorno tão afirmativo, quando muitos chegaram a colocar em causa a sua participação no Mundial. Neymar não só recuperou a tempo, como mostra uma forma assinalável para um jogador que esteve quase três meses parado. "Pouco a pouco vou melhorando. Estou feliz por aquilo que tenho feito. Ainda sinto alguns incómodos, mas são normais por ter ficado muito tempo parado. Estou a 80 por cento", afirmou. Como será quando estiver a 100 por cento?

O próprio selecionador brasileiro não deixou de mostrar-se impressionado com o registo do camisola 10 nos triunfos frente à Croácia (2-0), e Áustria (3-0). "Não sei qual o limite do Neymar. A capacidade técnica e criativa dele é impressionante. Quando o acionamos no último terço do campo, ele é letal. Só precisa de melhorar na finalização. Eu disse para ele: 'Abriu, finaliza'".

Aos 26 anos, o craque canarinho igualou Romário, com 55 golos, embora em menor número de jogos, ficando apenas atrás de Pelé, Zico e Ronaldo. O "Rei" ainda está distante, contabilizando o impressionante número de 95 golos marcados, enquanto Zico soma 66 golos e Ronaldo 62.

Neymar confessa-se feliz por estar de regresso mas confessou ter ainda algum receio na abordagem aos lances. "Passam três meses da lesão. Regressar para fazer o que eu mais amo, que é jogar futebol, ainda mais com um golo, é uma felicidade muito grande. Mas ainda tenho um certo receio, um certo medo, mas isso é pouco a pouco. A cada treino vou-me soltando mais".

Neymar não perdeu tempo a dar nas vistas em Paris. Pelas melhores e pelas piores. O "currículo" da maior referência atual do futebol brasileiro por terras gaulesas tanto contempla golos e assistências como expulsões e discussões. Mediatismo não falta ao jogador mais caro da história do futebol que, de uma forma ou de outra, tenta justificar os 222 milhões de euros gastos pelo Paris Saint-Germain na sua contratação. Pelo menos, em termos de popularidade, com as consequências inerentes no que ao "marketing" diz respeito.

Vinte o oito golos, sete cartões amarelos e um vermelho perfizeram o cartão de visita do craque brasileiro na cidade luz, onde se desentendeu com Cavani e até com o próprio treinador Unai Emery, que entretanto já deixou os parisienses, cedendo o lugar a Thomas Tuchel na próxima época. Por entre golos, assistências, cartões amarelos e vermelhos, Neymar teve o dom de também irritar os adversários ao ponto de brindar o encantado público da capital francesa com uma das famosas "lambrettas", como lhe chamam os espanhóis, passando a bola em gesto acrobático por cima da cabeça do oponente.

O gesto técnico do brasileiro fez furor em Barcelona, para gaúdio dos adeptos catalães, mas causou profunda irritação nos adversários do talentoso internacional brasileiro que, sentindo-se "humilhados" recorreram com frequência à falta abrupta para manifestar insatisfação. O "pior", para os adversários, é que os recursos de Neymar são infidáveis. Que o diga Dragovic no majestoso golo do camisola 10 frente à Áustria.

OS GOLOS MÁGICOS

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