Yaya Touré, jogador do Quingdao Huangai, aproveitou a promoção do clube à Super Liga Chinesa para discutir o assunto do racismo no futebol e criticar a FIFA pela passividade com que lida com o tema.
"Falam a toda a hora, bla, bla bla, mas o que acontece? Nada muda. Isso irrita-me. As pessoas da FIFA não se importam, falam do tema, mas nada muda", começou por dizer, em declarações à AFP. "Não quero dizer que não estou preocupado. Estou preocupado, isso irrita-me".
O ex-jogador do Barcelona e Manchester City recordou os incidentes do encontro entre a Bulgária e a Inglaterra, na última jornada de qualificação para o Euro'2020, interrompido por duas ocasiões devido a cânticos racistas, para defender que os jogadores "têm de tomar medidas" e, se necessário, abandonar o relvado.
"Os jogadores têm de levar este problema a sério, serem firmes, se não os racistas vão continuar. Os jogadores precisam de abandonar o campo", continuou.
Depois da carreira na Europa, Yaya Touré é uma das figuras do Quingdao Huangai, que garantiu este fim de semana a promoção ao principal escalão do futebol chinês. Aos 36 anos, o médio revelou que deverá ficar naquele país até dezembro ou janeiro e que depois irá procurar um novo desafio, visto querer continuar a jogar até aos 40 anos.