Robert Skov. Se ainda não conhece, comece a decorar o nome. Daqui a pouco tempo o mais certo é vê-lo numa das grandes ligas do futebol europeu, depois de ter batido o recorde de vendas por parte de um clube dinamarquês. É assim que o jovem dinamarquês de 23 anos tem sido destacado e se tiver sido um daqueles que assistiu à vitória do FC Copenhaga frente ao Bordéus em outubro, em França, talvez se recorde da forma épica como o conjunto dinamarquês saiu de Bordéus com a vitória. Cortesia de Robert Skov, claro está, com um golo marcado já dentro do período de compensação final.
Não deve tardar muito a que Robert Skov saia da Dinamarca. Ele, que tal qual Arjen Robben, tem na fuga ao corredor direito para o centro e remate colocado, de imediato, a sua grande arma. Mesmo jogando como ala direito num rígido 4-4-2 tradicional, como é hábito de Staale Solbakken pela capital dinamarquesa e, por isso, nem sempre pisando os metros mais avançados do terreno de jogo como poderia fazer num 4-3-3 ou num 4-2-3-1, Skov é por esta altura o melhor marcador da Liga Dinamarquesa com uns mastodonticos 18 golos em 20 jornadas já decorridas na Superliga dinamarquesa. Registos que lhe permitiram vencer o prémio de melhor jogador da competição durante a primeira metade da temporada.
Ao todo, esta temporada, Robert Skov leva 20 golos em 34 jogos distribuídos por campeonato, Liga Europa e qualificação para a Liga Europa, mas é na Superliga Dinamarquesa que Skov tem feito estragos. O extremo dinamarquês, que ficou à porta do Mundial disputado na Rússia tendo integrado uma primeira lista de pré convocados mas acabado por ficar de fora na lista final, é por esta altura o melhor marcador da prova com uma média de um golo a cada 85 minutos, aos quais acresce ainda quatro assistências. O registo goleador é impressionante e é fruto de uma capacidade de colocação de bola invulgar. Ao jeito de Robben, Skov tem miras no lugar dos pés.
Robert Skov é o atual melhor marcador da Liga Dinamarquesa, com 18 golos em 20 jogos na competição, responsável por 18 dos 49 golos do Copenhaga na Liga. Marca a cada 85 minutos e leva mais cinco golos do que o segundo melhor marcador. Só nos últimos três jogos marcou oito golos entre eles dois hat tricks. Porém, mais do que isso, salta à vista a qualidade dos mesmos. Nove dos 18 golos apontados foram golos de fora da área, o registo máximo entre as 35 principais ligas mundiais, tendo cinco deles nascido de livres diretos. Além disso, Skov revela eficácia máxima em grandes penalidades com três golos em três grandes penalidades tentadas.
Por tudo isto, Robert Skov tem sido destacado como o homem que irá bater o recorde de transferências do futebol dinamarquês como a venda mais alta de sempre por parte de um clube daquele país. O recorde está na posse da transferência de Emre Mor para o Borussia Dortmund em 2016 quando o extremo dinamarquês de origem turca, hoje ao serviço do Celta Vigo, trocou o Nordsjaelland pela Alemanha por cerca de dez milhões de Euros. Valor que, atualmente, estará já fora das cogitações dos clubes portugueses, mesmo dos três grandes, e que deverá levar Skov para a Alemanha ou para Inglaterra, ainda que clubes como o Ajax ou o PSV surjam na imprensa como destinos prováveis para o jovem extremo.
A cumprir a primeira temporada completa ao serviço do clube da capital dinamarquesa, o interesse de emblemas alemães na contratação de Skov já não é novo. Na altura em que trocou o Silkeborg pelo Copenhaga, após uma temporada em que já aí mostrara capacidade goleadora com dez golos em 31 jogos, já muito se falava de uma possível transferência para fora do país, com o prosseguir da carreira no Copenhaga a ser uma mostra da maturidade de Skov e no seu interesse em construir um crescimento sustentado não dando um passo maior do que a perna. Ao Copenhaga, em janeiro deste ano, custou cerca de um milhão de Euros.
Internacional pelas camadas jovens da Dinamarca, Robert Skov foi um dos jogadores presentes nos Jogos Olímpicos de 2016 pelo país nórdico. Ainda a aguardar a sua estreia pela seleção principal dinamarquesa, os registos pelos escalões jovens do seu país são tão impressionantes quanto os da temporada atual. Internacional Sub-18, Sub-19 e Sub-21 pela Dinamarca, pelo escalão que antecede a seleção principal do país Robert Skov apontou nove golos em 18 jogos, tendo estado em especial evidência durante a fase de qualificação para o Europeu de 2019 da categoria com sete golos apontados, registo apenas superado pelo do espanhol Borja Mayoral, com oito golos e de Dawid Kownacki, da Polónia, seleção que eliminou Portugal no play-off, com 11 golos.
Se ainda não o conhece, comece a decorar o nome: Robert Skov. Tal qual Robben, um extremo com miras no lugar dos pés. Se não acredita, o melhor mesmo é ver.
