Grande Futebol
A queda vertiginosa do Dortmund, o Peter problema e o Peter solução
2017-12-10 17:00:00
Peter Bosz deixa o Dortmund depois de apenas uma vitória em 13 jogos; chega Peter Stöger que ainda não ganhou

Nove jogos sem ganhar. “É muita fruta” para um clube do qual se esperava que conseguisse bater o pé ao Bayern. O Borussia Dortmund não vence há nove partidas, repito. A direção não perdoou o último desaire (derrota caseira diante do penúltimo classificado) e colocou um ponto final no percurso de Peter Bosz à frente do Borussia. Para trás ficou uma péssima campanha na Liga dos Campeões e um empate caseiro (4-4) diante dos ternos rivais, o Schalke depois de estarem a vencer por 4-0 ao intervalo. Algo muito difícil de engolir para os adeptos de preto e amarelo.

O defeso foi algo conturbado para os lados de Dortmund. As incertezas em redor de duas das maiores figuras da equipa geraram alguma apreensão. O cerco apertou sobre Pierre-Emerick Aubameyang e Ousmane Dembélé. O primeiro ficou contrariado e o segundo não resistiu ao charme de cerca de 105 milhões de euros oferecidos pelo FC Barcelona e rumou à Liga Espanhola. Para o comando técnico, a escolha para substituir Thomas Tuschel recaiu sobre Peter Bosz. O holandês que havia guiado o Ajax à final da Liga Europa.

A saída do prodígio francês abriu as portas a algumas entradas. O Dortmund reforçou-se bem: Omer Toprak, Mahmoud Dahoud, Maximillian Philipp e Andriy Yarmolenko foram escolhidas a dedo para o estilo de jogo atacante que Peter Bosz pretendia implementar na equipa que tem, nas últimas cinco temporadas, ficado na sombra do todo poderoso Bayern. As coisas nem começaram mal, mas os dias “negros”, que culminaram com o despedimento do treinador holandês, estavam ao virar da esquina.

Apesar de uma derrota no desafio inaugural da temporada na Alemanha, frente ao Bayern para a Supertaça, o Borussia Dortmund começou a Bundesliga a todo o gás. Com seis vitórias nas primeiras sete jornadas os pretos e amarelos lideravam o campeonato com mais cinco pontos do que o Bayern. O pior estava para vir. E chegou de forma retumbante, qual touro enraivecido. Uma derrota caseira frente ao RB Leipzig (3-2) à oitava jornada deu início ao descalabro.

Daí para cá, das treze partidas realizadas, o Dortmund apenas venceu um jogo, e foi frente ao FC Magdeburgo da terceira divisão para a Taça da Alemanha. Pelo meio, seis derrotas e empates caseiros ante o modestíssimo APOEL Nicósia do Chipre para a Champions e frente ao Schalke, os históricos e vizinhos rivais. Este último veio como um rude golpe já que ao intervalo o Dortmund vencia por 4-0 permitindo ao Schalke uma recuperação histórica. O resultado final foi 4-4.

Num grupo da Liga dos Campeões que contava com Real Madrid, Tottenham e APOEL Nicósia, os alemães não foram além de dois pontos, conquistados em dois empates diante da formação cipriota. Uma campanha para esquecer.

O caminho de Peter Bosz chegou ao fim com derrota caseira diante do Werder Bremen por 2-1. Os responsáveis do Borussia Dortmund viram-se agora para Peter Stöger. O austríaco que liderou o FC Colónia nas últimas quatro temporadas. As suspeitas sobre as reais capacidades de Stöger têm fundamento numa realidade: o FC Colónia é o último classificado da Bundesliga com apenas três pontos somados ao fim de 15 jornadas. O saldo: 12 derrotas e três empates.