Grande Futebol
A defesa de Ronaldo sobre as acusações de violação: "Foi tudo consensual"
2018-10-10 17:25:00
O português não nega o acordo feito, mas diz que documentos são falsos.

"O que aconteceu em 2009 em Las Vegas foi completamente consensual". Quem o diz é o advogado de Cristiano Ronaldo, que publicou um comunicado de defesa ao jogador português sobre as acusações de violação.

O comunicado de Peter S. Christiansen, publicado no site da Gestifute, diz ainda que "Cristiano Ronaldo não nega que aceitou celebrar um acordo, mas as razões que o levaram a fazê-lo estão, no mínimo, a ser distorcidas".

O comunicado de Peter S. Christiansen:

"Fui contratado para representar Cristiano Ronaldo na sequência de uma recente acção cível baseada em eventos supostamente ocorridos em 2009, e que culminaram com a celebração de um acordo, mediante o qual as partes renunciaram a quaisquer outros direitos. Atento o incumprimento desse acordo pela outra parte, bem como as acusações inflamadas que se foram sucedendo nos dias seguintes, Cristiano Ronaldo vê-se forçado a quebrar o silêncio, sendo certo que o dito acordo lhe autoriza uma “reação proporcional” em caso de violação pela contraparte.

Para que não subsistam dúvidas: Cristiano Ronaldo nega veementemente todas as acusações constantes da referida acção cível, em coerência com o que tem feito nos últimos 9 anos.

Os documentos que supostamente contêm declarações do Sr. Ronaldo e foram reproduzidos nos media são puras invenções.

Em 2015, dezenas de entidades (incluindo sociedades de advogados) em diferentes partes da Europa foram atacadas e os seus dados eletrónicos roubados por um criminoso cibernético.

Esse hacker tentou vender tal informação, e um meio de comunicação acabou irresponsavelmente por publicar alguns dos documentos roubados, partes significativas dos quais foram alteradas e/ou completamente fabricadas. Uma vez mais, para que não haja dúvidas, a posição de Cristiano Ronaldo sempre foi, e continua a ser, a de que o que aconteceu em 2009 em Las Vegas foi completamente consensual.

Cristiano Ronaldo não nega que aceitou celebrar um acordo, mas as razões que o levaram a fazê-lo estão, no mínimo, a ser distorcidas. Esse acordo não representa de modo algum uma confissão de culpa. O que aconteceu foi simplesmente que Cristiano Ronaldo se limitou a seguir o conselho dos seus assessores no sentido de pôr termo às acusações ultrajantes feitas contra ele, a fim justamente de evitar então tentativas, como aquelas a que estamos a assistir agora, de destruição de uma reputação construída graças a um trabalho intenso, capacidade atlética e correcção de comportamento. Infelizmente, vê-se agora envolvido no tipo de litigiosidade que é muito comum nos Estados Unidos.

Embora Cristiano Ronaldo esteja acostumado a ser objecto da atenção dos media, inerente à circunstância de ser uma pessoa famosa, é absolutamente deplorável que meios de comunicação continuem a propagar e a estimular uma campanha intencional de difamação baseada em documentos digitais roubados e facilmente manipuláveis.

Cristiano Ronaldo mandatou os seus advogados nos Estados Unidos e na Europa para se ocuparem de todos os aspectos legais e manifesta plena confiança em que a verdade prevalecerá, não obstante o corrupio de contrainformação, e em que as leis de Nevada serão aplicadas e respeitadas".