Grande Futebol
"A culpa é só minha", diz Mourinho após sofrer goleada histórica
2021-10-21 22:00:00
Bodo/Glimt derrota Roma por 6-1

O português José Mourinho sofreu, ao comando da Roma, perante o ‘desconhecido’ Bodo/Glimt, a sua primeira derrota com seis golos sofridos e a segunda por cinco de diferença, após a inesquecível ‘manita’ de Camp Nou.

Em Bodo, na Noruega, num relvado sintético, Erik Botheim (08 e 52 minutos), Patrick Berg (20), Ola Solbakken (71 e 80), Amahl Pellegrino (78) ‘escreveram’ o maior desaire de sempre do técnico luso, que cumpriu o jogo 1.008 como técnico principal.

Carles Pérez marcou, aos 28 minutos, o tento que não salvou a ‘honra’ da equipa orientada por Mourinho, que, a perder por 2-1 ao intervalo, começou a colocar os ‘pesos pesados’, mas se meteu cinco, a ‘resposta’ foram quatro golos sofridos.

O Bodo/Glimt, que apenas se estreou nas taças europeias em 1976/77 e está a disputar pela primeira vez na história uma fase de grupos, conseguiu, assim, o que só o FC Barcelona, de Guardiola e Messi, tinha conseguido - bater Mourinho por cinco golos.

Em 29 de novembro de 2010, em encontro da 13.ª jornada da edição 2010/11 da Liga espanhola, os catalães golearam o Real Madrid, de Mourinho e Cristiano Ronaldo, por 5-0, com golos de Xavi, Pedro Rodríguez, David Villa, que ‘bisou’, e Jeffren, autor do último golo, em ‘cima’ da hora, e posteriormente jogador do Sporting.

Numa noite de ‘massacre’ dos catalães, Messi atirou uma vez ao ‘ferro’ da baliza de Casillas e fez as assistências para os tentos de Villa, e nem faltou um vermelho direto a Sergio Ramos, após entrada a ‘matar’ sobre o argentino.

Veja os golos da goleada sofrida pela Roma de Mourinho na Noruega

Antes dessa noite, Mourinho nunca havia perdido por cinco golos e, depois disso, em mais de 10 anos, só por uma vez tinha perdido por mais de três, quando, em 23 de outubro de 2016, caiu por 4-0 no reduto do Chelsea, ao comando do Manchester United.

Na ronda 9 da Premier Legue 2016/17, os ‘blues’ quase repetiram o feito do ‘Barça’ num dos regressos de Mourinho a Stamford Bridge, num jogo em que Pedro Rodríguez voltou a faturar e também marcaram Cahill, Eden Hazard e N’Golo Kanté.

Em 01 de janeiro de 2015, então pelo Chelsea, Mourinho também sofreu cinco golos, mas marcou três, face ao Tottenham (3-5), na ronda 20 da Liga inglesa de 2014/15.

Desta vez, não foi um ‘grande’, mas o modesto Bodo/Glimt, que se tornou a primeira equipa a marcar seis golos a um conjunto comandado pelo treinador português, um mês e nove dias depois do milésimo jogo do ‘special one’.

No final, o técnico luso assumiu ter culpa na 'pesada' derrota e disse que "não vão perguntar mais por que jogam sempre os mesmos" na Roma.

Apesar de ter apostado em jogadores pouco utilizados, este pesado desaire “deixará marcas”, segundo Mourinho, defendendo que a sua "equipa de 12/13 jogadores é uma coisa” diferente, pelo que a “única parte positiva de hoje é que ninguém irá perguntar o porquê de jogarem sempre os mesmos".

“A culpa é só minha, porque decidi jogar com esta equipa. Num campo sintético e com estas condições, decidi deixar muitos a descansar. Perdemos contra uma equipa que tem mais qualidade do que a nossa que iniciou o jogo", referiu Mourinho, após a sua primeira derrota com seis golos sofridos.

O português explicou que teve “uma boa e dupla intenção, ao dar a oportunidade de jogar a atletas que trabalham muito e jogam pouco e, por outro lado, dar a outros que estão praticamente o tempo todo no banco”.

Atuar com as suas escolhas habituais é um cenário que "se pudesse, faria”. Contudo, considera que é um "grande risco fazê-lo".

“Acho que é um grande risco [utilizar sempre os mesmos]. Existe uma grande diferença na qualidade entre um grupo de jogadores e outro. Decidi fazer estas mudanças, apesar de conhecer os limites de alguns dos nossos jogadores, mas esperava uma resposta melhor", confessou.

No relvado sintético, em Bodo, na Noruega, Erik Botheim (08 e 52 minutos), Patrick Berg (20), Ola Solbakken (71 e 80), Amahl Pellegrino (78) marcaram para os anfitriões, enquanto Carles Pérez marcou, aos 28 minutos, o único tento dos romanos.