O Governo revelou que Mário Centeno vai continuar em funções, depois do ministro das Finanças ter sido chamado de urgência a reunir com António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa em Belém.

Em causa estava a "falha de informação" entre o ministro e o primeiro-ministro no caso do empréstimo público de 850 milhões de euros ao Novo Banco, com o Presidente da República a 'tirar o tapete' a Mário Centeno.

"O senhor primeiro-ministro esteve muito bem no Parlamento, quando disse que fazia sentido que o Estado cumprisse as suas responsabilidades, mas, naturalmente, se conhecesse previamente a conclusão da auditoria", afirmou Marcelo Rebelo de Sousa.

À saída da reunião em Belém, o Governo assegurou que Centeno continua no cargo.

"O primeiro-ministro reafirma publicamente a sua confiança pessoal e política no ministro de Estado e das Finanças, Mário Centeno", referia o comunicado emitido por São Bento.

"Ficaram esclarecidas as questões relativas à falha de informação atempada ao primeiro-ministro" no caso do empréstimo", adiantava ainda a nota, acrescentando também que "ficou também confirmado que as contas do Novo Banco foram auditadas previamente à concessão do empréstimo".

Fontes próximas ao processo avançam que a continuidade de Mário Centeno será apenas até junho, dando tempo ao ministro para terminar as negociações para o Fundo de Reestruturação Europeia e o Orçamento Suplementar.