Portugal
Vitória de Guimarães tem um "traço genético que faz inveja a qualquer clube"
2019-11-20 15:35:00
Diretor dos vimaranenses traça cenário atual da ambição que reina em Guimarães

Carlos Freitas regressou ao futebol português para desempenhar funções de liderança na estrutura do Vitória de Guimarães na presidência de Pinto Lisboa. O ex-diretor sportinguista, que também passou pelo SC Braga, reconhece que aos vitorianos falta apenas "dinheiro para ser como o Marselha ou o Nápoles".

"São adeptos que têm por primeiro e único clube o Vitória. Que outros clube têm o estádio com 15 mil espetadores a meio da semana, à chuva ou no verão quando há muita gente de férias?", questionou, em entrevista à 'Tribuna Expresso'.

Carlos Freitas falou ainda da possibilidade de em Portugal aparecer um 'Leicester', como apareceu o Boavista no início do milénio.

"Como está à vista, foi um título conjuntural. Em Portugal, oito décimas do total de adeptos são afetas aos grandes. Basta ver o impacto que um erro de arbitragem tem no espaço mediático, se for contra um grande ou qualquer outro clube. Nestes casos dura 24 horas, no máximo. Contra Benfica, FC Porto ou Sporting fala-se durante 15 dias na mesma coisa", salientou o dirigente vitoriano, destacando, todavia, que em Guimarães o clube "tem felizmente um traço genético que faz inveja a qualquer clube - a massa associativa, a paixão."

Nesta entrevista, Carlos Freitas reiterou ainda que, em tempos, teve uma ligação afetiva ao FC Porto. "Sou um lisboeta que quando andava na primária era adepto do FC Porto. Em Lisboa, em cada 10 miúdos sete eram Benfica, e dois ou três do Sporting. Era do FC Porto para ser do contra", destacou, deixando uma garantia: "Hoje, o meu clube é o Vitória."