Portugal
Nazaré aponta para estatutos, Costa Carvalho não quer uma "Venezuela" no Benfica
2020-05-27 09:45:00
Estatutos do Benfica definem que candidatos à presidência têm de ter 25 anos de ligação associativa ao clube

A candidatura de Bruno Costa Carvalho à presidência do Benfica pode não ter autorização estatutária para avançar. Luís Nazaré, presidente da Mesa da Assembleia-Geral (MAG), revela que mais para a frente a MAG irá tomar uma posição quando for tempo da apresentação oficial das candidaturas e aponta, para já, para a necessidade das listas concorrentes cumprirem as leis do Benfica.

Nazaré revela que as condições "para uma apresentação às eleições" são ditadas pelos "estatutos", sendo estes "que definem essas condições".

"Quando for a janela própria para a apresentação de candidaturas, a Mesa da Assembleia-Geral dirá quais as candidaturas que estão à luz dos estatutos e quais não os observam", referiu o dirigente encarnado, em declarações ao jornal O Jogo.

Luís Nazaré lembra que "a regra é observável por qualquer cidadão olhando para os estatutos do Benfica".

Atualmente, os estatutos do Benfica definem que um sócio efetivo do clube para ser candidato tem de ter um mínimo de 25 anos ininterruptos de associado, coisa que Bruno Costa Carvalho não cumpre.

Porém, o sócio, que ajudou a fundar o Porto Canal e, em 2009 concorreu contra Vieira, confia que poderá concorrer no próximo ato eleitoral.

"Fui candidato em 2009, mal era que não pudesse ser candidato 11 anos depois. Era ridículo. Ainda não estamos na Venezuela", disse.

Costa Carvalho sublinhou ainda que os seus assessores jurídicos lhe dão essa garantia para a candidatura que anunciou, recentemente.

"Consultei os meus advogados antes de avançar com o processo. Parece-me impensável não ser candidato agora. Não vejo que não seja possível não me candidatar", afirmou Costa Carvalho ao referido jornal.