Portugal
Pinto da Costa: Há clubes que gastam fortunas em advogados. É porque precisam"
2018-11-16 22:10:00
Pinto da Costa falou sobre o rival Benfica, mencionou Béla Guttmann e comentou os "títulos do fascismo".

O Estádio do Dragão comemora, esta sexta-feira, 15 anos desde a inauguração e Pinto da Costa esteve no 'Porto Canal' a comentar o assunto, mas não deixou de mandar uma 'bicada' ao rival Benfica, devido aos procesos judiciais que envolvem os encarnados.

"Parece que há clubes que gastam fortunas em advogados. É porque precisam. É como tudo. Se eu tiver uma constipação, vou à farmácia. Se tiver uma coisa mais complicada, já vou ao centro de saúde. Mas se me doer o estômago, vou ao hospital. Quando de repente chega uma fornada de advogados a um clube, a troco de milhões, é porque esse clube está muito doente", comentou o presidente dos azuis e brancos.

O líder dos dragões recordou ainda os títulos conquistados pelo clube, mas falou ainda em 'títulos do fascismo' e nos jogadores que eram desviados para o Benfica. "Havia jogadores que vinham das colónias destinados ao Sporting e que eram desviados para o Benfica. No tempo do fascismo era assim que se fazia a equipa. Hoje não conseguem. Se um jogador sair de Angola ou Moçambique para o Sporting ou para o FC Porto não há ninguém que possa dizer 'não vais para o Sporting, nem para o FC Porto, nem para o SC Braga, nem para o Vitória de Guimarães: vais para o Benfica'. Esses títulos antes do 25 de abril eu chamo de títulos do fascismo. Nós, felizmente, temos sete títulos internacionais da democracia. Agora, há outros que têm dois tipos de títulos: os do fascimo e os das promessas. As promessas de que vão ser. Esquecem-se é que o Béla Guttmann ainda não fez os 100 anos."

Pinto da Costa deixou ainda críticas às autoridades políticas, com o nome do Benfica em destaque. "O Ministro das Finanças teve de acelerar o Orçamento de Estado para ir ver o Benfica, mas não foi para a tribuna. Ou lhe vedaram a entrada ou ele se afastou da tribuna. Mas aqui, exceto o Ministro do Ambiente, que vem como amigo, não vemos cá mais ninguém. No dia em que o FC Porto completou 125 anos, tinha uma chamada perdida de um número que não conhecia e que fui depois alertado que pertencia ao Presidente da República. De resto, o FC Porto foi completamente ignorado."