Grande Futebol
Pako Ayestarán: passou pelo Benfica e está perto do abismo
2017-11-20 09:30:00
Treinador do Las Palmas tem 100% de derrotas na Liga Espanhola, nas últimas duas temporadas.

O nome Pako Ayestarán diz-lhe alguma coisa? Foi preparador físico do Benfica de Quique Flores, em 2008/09, e, agora, está perto de participar num recorde negativo, como treinador, na Liga Espanhola. A ler mais à frente.

O Las Palmas está no último lugar da Liga Espanhola, com seis pontos. É a pior defesa da prova e um dos piores ataques. Fruto deste mau desempenho, a imprensa espanhola dá como próximo o despedimento de Pako Ayestarán, treinador da equipa da Gran Canaria. O segundo treinador desta equipa, nesta temporada. Sim, caso despeça Ayestarán, o Las Palmas terá de contratar o terceiro treinador em apenas 12 jornadas, algo que não acontece, na Liga Espanhola, desde 1993/94, na altura com o Atlético Madrid, de Jesús Gil y Gil.

Mas há mais: nas últimas duas temporadas, Pako Ayestarán não ganhou qualquer jogo na Liga Espanhola. Nem empatou. O técnico, que esteve no Valencia, em 2016/17, soma derrotas atrás de derrotas e perdeu os últimos 13 jogos de Liga que disputou.

Há alguns meses, quando foi despedido do Valencia, prometeu corrigir erros e voltar mais forte. “Tenho de corrigir os meus erros. Estou convencido de que vou regressar, não sei se ao Valência, mas seguramente a um clube do seu nível. Há que dar um passo atrás", disse. Os erros parecem não ter sido corrigidos e Pako parece “não ter unhas” para este nível, sobretudo olhando para o plantel do Las Palmas.

Aquilani e Remy, mais Calleri e Vitolo

Estes quatro nomes chegam para atestar a qualidade do plantel do Las Palmas? Talvez. Alberto Aquilani, ex-médio do Sporting, é um dos jogadores com mais experiência e, no meio-campo, poderia ter a companhia do promissor Sergi Samper, emprestado pelo Barcelona, e do jovem artista Halilovic, emprestado pelo Hamburgo.

Mais à frente, há opções para todos os gostos. Vitolo, a grande estrela da equipa, está emprestado pelo Atlético Madrid, e concorre, por exemplo, com o internacional espanhol Jonathan Viera. Para a frente, há o conceituado Loïc Remy e o jovem goleador Jonathan Calleri.

Num exercício especulativo, consideremos este onze, onde nem caberiam nomes como o já referido Halilovic ou o conceituado Vicente Goméz.

Parece-lhe um onze de último lugar da Liga Espanhola? Provavelmente, não. No entanto, no futebol, não basta ter craques conceituados. É preciso alguém a pensar e organizar tudo aquilo. Até agora, Pako Ayestarán não demonstrou capacidade para o fazer.