O campeonato vai regressar nesta quarta-feira mas há ainda alguns detalhes para se definirem, nomeadamente a questão das cinco substituições. Para trás, fica também a questão dos estádios que, numa primeira ocasião, a DGS pretendia que fosse utilizado um menor número possível, mas agora grande parte das equipas da Liga NOS vai jogar em casa. 

Domingos Paciência entende que essas e outras situações já deveriam estar acauteladas para o regresso da bola.

"Já deveria estar tudo definido" para o arranque da prova, ou, neste caso, recomeço, após a paragem motivada pela pandemia de covid-19.

O técnico entende que "no futebol português às vezes existem as leis do futebol de rua e os clubes gostam de fazer birras".

"E fazem birras e ganham. É como o miúdo que levava a bola e não havia jogo. Às vezes o futebol português parece isto", referiu, em declarações na Renascença.

Domingos Paciência nota ainda que durante o processo de definição das regras para a retoma do futebol, em Portugal, "nunca pareceu" existir "unanimidade".

Relativamente à questão das cinco substituições, Domingos Paciência mostra-se defensor que a regra possa continuar para lá do contexto pandémico.

"Como treinador, e há várias situações em jogo em temos de adaptar determinado jogador, era vantajoso para o futebol. Eram mais opções e não diminuia a qualidade de jogo."

A I Liga vai ser reatada sob fortes restrições e sem público nos estádios a 3 de junho, com o encontro entre Portimonense e Gil Vicente, naquele que vai ser o primeiro dos 90 jogos das últimas 10 jornadas, até 26 de julho.

Após 24 jornadas, o FC Porto lidera a competição, com 60 pontos, mais um do que o campeão Benfica.

Além do principal escalão, também a final da Taça de Portugal, entre Benfica e FC Porto, integra o plano de desconfinamento face à pandemia de covid-19, ainda em data e local a designar.