Da exibição de duas caras realizada pela equipa do Benfica, nesta partida frente ao Hull City que terminou com a vitória dos ingleses por 1-0, destacam-se a excelente entrada de Andrija Zivkovic e o garante que é ter Jonas na equipa. Ainda, bons pormenores do eslovaco Martin Chrien e alguns apontamentos positivos do inglês Willock. Em sentido contrário destacam-se mais uma fraca exibição de Carrillo e a dificuldade em construir a partir de zonas recuadas.
A primeira parte do Benfica foi fraca. Mas era difícil que não o fosse. Rui Vitória quis ver o que podem fazer João Carvalho e Diogo Gonçalves, mas colocá-los ao mesmo tempo fez com que o jogo da equipa não seja fluído até porque Andre Carrillo continua num mundo que só ele entende, com jogadas quase sempre inconsequentes.
A construção de jogo da equipa de Rui Vitória a partir de zonas mais recuadas sai prejudicada com a entrada de Lisandro López (para fazer o papel de Victor Lindelöf) e foi numa das tentativas do central argentino em sair a jogar que o Hull City acabaria por chegar ao único golo da partida. Bela execução de Jarred Bowen.
Mitroglou fez o primeiro jogo depois das férias e foram evidentes as dificuldades do grego em participar no jogo coletivo da equipa. Fez um remate. Aos 38 minutos.
O jogo dos encarnados estava a ser pouco escorreito até ao momento que Rui Vitória chamou ao terreno de jogo, jogadores de um nível qualitativo superior àqueles que estavam em campo. Zivkovic, Jonas, Chrien e Seferovic mudaram o rumo dos acontecimentos, no que concerne ao domínio territorial da partida.
A mobilidade que Zivkovic empregou no jogo foi como um murro na mesa por parte dos encarnados. Sempre a partir da direita para o centro o sérvio fez aquilo que Carrillo andou a tentar fazer na primeira parte, mas sempre sem sucesso.
O eslovaco Martin Chrien mostrou capacidade em se incorporar nas jogadas de ataque vindo do meio-campo e no lado esquerdo, Willock também mostrou alguns pormenores interessantes. Fácil no drible e cruzamentos com qualidade.
O avançado suíço, Haris Seferovic revelou novamente momentos de grande qualidade como quando numa jogada individual expulsou o defesa central da equipa adversária, Michael Dawson.
Jonas demonstrou novamente a Rui Vitória que só tem que se preocupar em arranjar mais dez para jogar com ele.