Portugal
“Não vou perder tempo com quem não existe como benfiquista”
2020-07-10 18:10:00
Visado numa crítica de Manuel José, Rui Gomes da Silva deixa o antigo técnico sem resposta. Ou talvez não...

No programa Grande Área, da RT3, nesta quinta-feira, o antigo técnico encarnado teceu uma consideração que visa o caráter de Rui Gomes da Silva, ex-vice-presidente do Benfica e candidato à liderança do clube.

“Aquele Rui Gomes da Silva só destila veneno. Não presta para nada. Se ele for presidente do Benfica, deixo de ser benfiquista. Ele passa a vida a dizer mal do Luís Filipe Vieira”, afirmou Manuel José, na estação pública.

Confrontado com estas palavras, Rui Gomes da Silva recusa comentários, ainda que profira uma frase esclarecedora. “Não vou perder tempo com quem não existe como benfiquista”, diz, em declarações ao Bancada.

O advogado explica que a sua candidatura é extremamente exigente e não lhe permite desvia a atenção para questões que considera irrelevantes.

“Não tenciono comentar. Tenho muitos benfiquistas com quem falar. Ando em ‘tour’ pelo País, a explicar o meu projeto. Não vou perder tempo”, repete.

Rui Gomes da Silva vai concorrer à liderança do clube da Luz, enfrentando nas eleições Luís Filipe Vieira e também o candidato Bruno Costa Carvalho, num ato eleitoral que decorrerá em outubro.

Tem sido uma das vozes mais ativas na crítica a Vieira. E depois do empate do Benfica em Famalicão, ontem, Gomes da Silva voltou à carga.

“Lamento que seja preciso perdermos o segundo campeonato em três para que percebam que Luís Filipe Vieira nada mais tem a dar ao clube, mas só a si próprio”, reagiu.

O Benfica, recorde-se, está a oito pontos do FC Porto, que lidera, a três rondas do final do campeonato.

Na próxima ronda, bastará um empate aos dragões (frente ao Sporting) para recuperarem o título. Se o Benfica não vencer, as contas ficam definitivamente fechadas, independentemente do resultado no Estádio do Dragão.

O clube encarnado vive em tormenta, com uma série de resultados negativos que se iniciou, precisamente, naquele estádio. A vantagem de sete pontos diante do FC Porto converteu-se numa desvantagem de oito.

Financeiramente, também em virtude da pandemia, o Benfica prepara tempos difíceis, com um empréstimo obrigacionista de 50 milhões de euros.

Entretanto, Luís Filipe Vieira tem de resolver o dossier da contratação do novo treinador, que se arrasta desde a saída de Bruno Lage.

E é neste cenário que as eleições se disputam, com contestação à direção encarnada e, até ao momento, três nomes na luta pela presidência.