O jogador do Rio reagiu às críticas e insultos de que tem sido alvo, nas últimas horas, depois da expulsão no jogo diante do Benfica, desta quarta-feira, que os encarnados venceram por 2-1. 

Nas redes sociais, Nuno Santos escreveu que "desta vez passou todos os limites". Em causa, está um vídeo que se tem disseminado, onde Bruno Lage conversa com o jogador, que já representou os encarnados. Nesse vídeo, sugere-se que o diálogo e a expulsão estão associados.

"Eu não sou destas coisas, já não é a primeira vez que me acontece isto, mas desta vez passou todos os limites. Podem criticar as minhas exibições ou a minha forma de jogar, mas não admito que ponham em causa o meu profissionalismo e que usem as redes sociais para ameaçar a mim e à minha família. Triste realidade...", realçou. 

Nuno Santos garante que lutou pela vitória, "como sempre", para demonstrar que está "pronto para patamares mais elevados".

"Se havia alguém que queria ganhar ontem era eu. Não importa se joguei no Benfica, o que importa é que não são eles que me pagam as contas ao fim do mês, mas sim o Rio Ave, que defendo com toda a convicção", prosseguiu.

"Da mesma forma que vibrei quando fui campeão pelo Benfica, vibrei quando fui campeão sub-17 pelo FC Porto e sempre que marquei golos aos rivais nas nove épocas que os representei. Ontem, ninguém pode dizer que não estava a dar o meu máximo", continuou.

Sobre a expulsão, o jogador explica que tentou "fazer uma receção" e que não tem "noção de que o Pizzi está ali".

"O árbitro decidiu pela expulsão, mas eu toco na bola em primeiro lugar. Mas dizerem que foi propositado é muito grave. Nunca o faria nem iria colocar em causa a integridade física de um colega propositadamente", lamenta.

"Eu acredito muito no futebol português, e por isso descartei a saída em janeiro para tentar 'dar o salto' para um grande, independentemente da cor. Eu sempre preferi Portugal ao estrangeiro. Mas situações como as ameaças que sofri ontem, só estragam o que temos por cá", conclui.

O Rio Ave, recorde-se, perdeu com o Benfica, depois de ter estado a vencer. Os vilacondenses ficaram reduzidos a nove jogadores, após as expulsões de Al Musrati e Nuno Santos, e os encarnados operaram a reviravolta.