Com vários anos ligado a Sporting e a FC Porto, Augusto Inácio esclareceu que a ligação ao conjunto de Alvalade irá sempre prevalecer, embora tenha consideração pelas gentes azuis e brancas.

"Não confundam as coisas. Eu nasci Sporting e vou morrer Sporting. Mas não posso deixar de dizer que tenho um carinho muito grande pelo FC Porto", assinalou Inácio que tem vários anos de carreira como jogador e treinador.

E ao longo destes anos tem assistido a algumas situações que o têm desagradado, nomeadamente quando colocam em questão o seu profissionalismo.

"A imprensa era dominada pelo Benfica e ainda hoje muita dessa imprensa é dominada pelo Benfica mas convinha dizer que o Inácio, como é sportinguista, ia abrir as pernas para o Sporting ganhar porque facilitava. É a coisa mais asquerosa e nojenta que uma pessoa pode ouvir", comentou Inácio sobre idas a Alvalade como adversário do Sporting.

Em declarações ao programa de Youtube Vamos Falar de Futebol, o técnico disse que isso "é uma falta de nível" e chegou mesmo a dizer que lhe apetecia "dizer outras palavras".

O moderador do programa desafiou então Augusto Inácio a dizer as tais palavras e o treinador socorreu-se mesmo de alguns palavrões.

Recordando passagens da sua carreira de jogador, Inácio também lembrou que quando chegou ao FC Porto, apesar de ser sportinguista, rapidamente se identificou com o espírito do emblema nortenho.

Na conversa, Augusto Inácio explicou ainda que o futebol dá muitos ensinamentos e são precisas várias coisas para triunfar mas salienta que o "carisma e a personalidade não se compram na farmácia".

"Dizem que as novas gerações gostam de passar a mão no pêlo e dar abraços e falar ao ouvido e dar churrasquinhos. Eu também gosto de ir a um churrasco mas trabalho é trabalho, conhaque é conhaque."

Ao abordar a carreira de treinador, e depois de lembrar que chegou a dar um 'puxão de orelhas' no Avaí ao craque da equipa a direção não gostou, Inácio contou ainda como levou o Moreirense, em 2017, enquanto treinador, à conquista da Taça da Liga, um feito para a formação vimaranense.