O processo disciplinar instaurado ao FC Porto a 17 de janeiro, pelo Conselho de Disciplina (CD) da Federação Portuguesa de Futebol, deve-se aos alegados insultos racistas dos adeptos contra Abdu Conté, jogador do Moreirense.
A decisão foi agora revelada pelo jornal Desportivo, de Guimarães, uma vez que, à data, o CD não apresentou a causa do processo, o qual corre já termos na Comissão de Instrutores da Liga.
O caso remonta à partida da 16.ª jornada da I Liga, realizado a 10 de janeiro, no Estádio Comendador Joaquim de Almeida Freitas.
De acordo com o relatório da GNR, adeptos afetos ao FC Porto, que estavam na bancada topo do estádio, proferiram insultos racistas contra Abdu Conté, aos 37 minutos da partida, momento em que o lateral cometeu penálti sobre Corona.
O mesmo jornal avança que o termo 'racista' está especificado no relatório da GNR, que já teria reportado a situação aos delegados da Liga, no final do encontro.
Fernando Silva e António Reis, os delegados, reportaram a denúncia da GNR, ressalvando não se terem apercebido dos cânticos injuriosos.
Artur Soares Dias, que arbitrou a partida, não fez qualquer referência ao incidente.
Abdu Conté foi arrolado como testemunha, pelo que vai ser chamado pela Comissão de Instrutores a apresentar a sua versão.