A seleção portuguesa de andebol tem encantado a Europa com as exibições no decorrer no Euro2020 e Paulo Jorge Pereira, selecionador nacional, é tido como o rosto principal do sucesso das quinas.

O treinador, de 54 anos, tem procurado incutir nos jogadores uma mentalidade vencedora e de ida à luta sem medos, como tem feito na sua vida dedicada ao andebol.

"Achamos logo à partida que não vamos conseguir. E mesmo quando temos algum desaire, pensamos logo nas coisas negativas que sabemos que temos. Aquela história do ‘é mesmo à português’. Essa frase mata-me logo! Eu sou português e não sou assim. Calma aí", disse, em entrevista à 'TVI' e ao 'Maisfutebol', explicando as diferenças que encontra com outras culturas.

"Provavelmente, se eu fosse nórdico, não teria de explicar nada. Fazia e ninguém questionava, porque eu seria nórdico. Mas assim é como se tivéssemos um sérvio a treinar hóquei em Portugal. Iam perguntar-lhe: ‘oh sérvio, porque é que estás a fazer assim? Nós somos os melhores…’ Tem sido uma vida inteira a justificar o porquê de fazermos as coisas de determinada forma."

Paulo Jorge Pereira espera que a caminhada da equipa lusitana possa prosseguir unida aos sucessos.

"Participar nesta euforia que temos vivido recentemente no andebol português tem sido excecional, mas isto não pode acabar aqui".