Portugal
"Não podem perpetuar o crime que foi cometido sobre mim", diz Bruno de Carvalho
2020-05-28 12:50:00
Bruno de Carvalho manifesta desejo de sair de "um confinamento de dois anos"

À saída do tribunal de Monsanto, Bruno de Carvalho, que foi absolvido de todos os crimes dos quais estava acusado relativo ao ataque a Alcochete, mostra-se satisfeito com a decisão deste processo.

Referindo que a primeira coisa que vai fazer será abraçar a sua família, o ex-presidente assegura que estes últimos dois anos foram muito complicados e de que foi alvo de um crime e de um ataque ao seu caráter.

“O tribunal teve muito cuidado em dizer sempre que não havia provas. Não podem perpetuar o crime que foi cometido sobre mim. O que me foi feito foi um crime”, afirmou.

Ao mesmo tempo, Bruno de Carvalho indica que, finalmente, pode sair do “confinamento” e que o acórdão está de acordo com o pensamento que tinha desde 2018.

“Se tiverem a coragem de dizer que fui absolvido, eu posso recomeçar a sair do meu confinamento de dois anos. Hoje foi a assunção que algo que eu sabia desde há dois anos”, indicou o ex-dirigente.

Bruno de Carvalho ressalva que nenhuma pessoa merecia passar por aquilo que o antigo presidente do Sporting passou nos últimos anos e deixa uma palavra aos adeptos do clube leonino.

“Sempre fui inocente e os sportinguistas deviam ter confiado em mim. Coloquei o Sporting muitas vezes à frente da minha vida, da minha família, que nunca me abandonou”, salientou.

Questionado sobre se está nos seus planos voltar aos destinos do Sporting, Bruno de Carvalho não se quis alongar muito sobre essa questão.

Nesse sentido, o ex-presidente destacou o trabalho do coletivo de juízes presidida por Sílvia Pires.

“Esta procuradora teve uma intervenção que eu, enquanto cidadão, só tenho que reconhecer. Ela repôs a verdade”, completou.