A comissária europeia da Saúde, Stelly Kyriakides, pede à UEFA, à Federação Portuguesa de Futebol e ao governo português que coloquem a saúde pública "em primeiro lugar" na hora de se tomar a decisão quando à existência de público ou não nos jogos da final a oito da Liga dos Campeões.

"Sou fã de futebol. Posso entender como as pessoas se sentem ao voltar aos estádios para aplaudirem as suas equipas, especialmente na Liga dos Campeões", começou por deixar claro em relação a esta matéria.

Em entrevista ao Diário de Notícias, Stelly Kyriakides apela, porém, que a saúde pública seja a prioridade na tomada de decisão.

"Precisamos colocar a saúde pública em primeiro lugar. Foi isso que apresentámos na nossa recomendação sobre o que precisamos fazer para nos protegermos a nós mesmos e aos outros da propagação do vírus."

Assim sendo, comissária europeia da Saúde espera que FPF, UEFA e governo portugiês tenham isso em consideração.

"Tenho a certeza de que, quando essa decisão precisar ser tomada, analisarão os critérios científicos e tomarão uma decisão colocando a saúde pública em primeiro lugar."

A decisão sobre a presença de público na fase final da Liga dos Campeões de futebol, em Lisboa, deve ser conhecida até 10 de julho, segundo o presidente da UEFA, que aguarda parecer das autoridades portuguesas devido à covid-19.

Os jogos dos quartos de final terão lugar entre 12 e 15 de agosto, enquanto as meias-finais realizar-se-ão em 18 e 19, e a final a 23 do mesmo mês.

As eliminatórias da final a oito serão decididas apenas numa partida, ao contrário das habituais duas mãos, sendo que, até ao momento, já se apuraram para os quartos de final os seguintes clubes: Atalanta, Leipzig, Atlético de Madrid - que eliminou o campeão europeu em título, Liverpool - e Paris Saint-Germain.