Visto da Bancada
Valido (nº 262)
2018-03-28 12:30:00
O antigo campeão do Mundo de sub-20 recorda o Benfica-FC Porto de 2014, no último adeus a Eusébio da Silva Ferreira

A pouco mais de duas semanas de um Benfica-FC Porto que pode ser decisivo para a história deste campeonato, Pedro Valido, antigo defesa central dos encarnados e campeão do mundo de sub-20 em Riade, em 1989, recorda ao Bancada um duelo na Luz entre os dois clubes como um dos jogos mais marcantes a que assistiu na bancada.

A 12 de janeiro de 2014, águias e dragões procuravam isolar-se no comando da I Liga, defrontando-se em encontro da 15.ª jornada, a última da primeira volta. Jorge Jesus era o treinador dos encarnados, Paulo Fonseca estava no FC Porto. A liderança seria discutida na Luz à sombra da memória do Rei, num duelo que seria um último adeus a Eusébio da Silva Ferreira, uma semana depois de ter falecido, aos 71 anos.

Valido nunca mais se esquece do ambiente que se viveu no Estádio da Luz naquele dia. “Estava uma atmosfera especial, única, com os sentimentos a virem à tona, num dia de luto e pesar mas também de enorme respeito e de sentida homenagem por uma grande figura do Benfica, de Portugal e do Mundo”, recorda o atual treinador adjunto dos juniores dos encarnados.

O ex-central do Benfica, que passou também por outros clubes como Estoril Praia, Gil Vicente, Marítimo, Estrela da Amadora e Belenenses, entre outros, passa em revista alguns dos acontecimentos marcantes que contribuíram para criar um ambiente único naquela tarde soalheira que juntou 62 mil espetadores à volta do recinto. “Antes do jogo começar, ao ouvir-se o hino do Benfica fizeram uma coreografia espetacular alusiva ao Eusébio; o minuto de silêncio foi respeitado por toda a gente, foi de arrepiar; todos os jogadores do Benfica tinham o nome do Eusébio nas costas das camisolas em vez do nome próprio; o golo do Rodrigo foi ao minuto 13 que era o número da camisola do Eusébio na seleção [o outro tento dos encarnados foi apontado por Garay]… e depois o Benfica venceu. E nesse ano foi campeão… Foi uma mistura de emoções que se viveu ali. Foi tudo vivido ‘mil à hora’. Nunca tinha passado por uma situação assim”, confessa Valido.