Antiga glória dos dragões não esquece um jogo “histórico” do FC Porto
A célebre final da Liga dos Campeões de Viena, disputada a 27 de maio de 1987, que o FC Porto conquistou perante o poderoso Bayern, vencendo por 2-1 depois de ter estado a perder, ainda hoje perdura na memória de Rodolfo Reis, antiga glória e capitão dos dragões que teve os azuis e brancos como único clube de uma vasta carreira enquanto jogador. “É um daqueles jogos que ficam para uma vida”, afirma Rodolfo Reis ao Bancada, acrescentando: “Foi um exemplo de garra e de querer, frente a uma equipa super-favorita. É, sem dúvida, um jogo que recordo com particular satisfação, um grande feito no futebol português.”
Rodolfo Reis não deixa de lembrar a importância de Artur Jorge, um treinador que, sublinha, “estava à frente do seu tempo”. “Construiu uma belíssima equipa, uma equipa na verdadeira aceção da palavra. Sempre fui apologista do coletivo e mais do que o toque de calcanhar do Madjer ou as arrancadas do Futre, o memorável triunfo do FC Porto foi uma vitória coletiva. Se o coletivo estiver bem, então as individualidades têm condições para sobressair. Ninguém ganha um jogo sozinho. As individualidades devem servir o coletivo e foi isso que o FC Porto fez, pois tinha uma grande equipa e grandes jogadores.”
Numa final épica, o FC Porto começou a perder mediante um golo de Kogl apontado logo aos 24 minutos de jogo. Foi preciso esperar até ao minuto 77 para Madjer espalhar a tal magia de que hoje ainda se fala. De calcanhar, o internacional argelino igualou a final para desepero de Jean-Marie Pfaff, o guarda-redes internacional belga do Bayern. Mais dois minutos e o Estádio Prater virou azul e branco quando Juary deu a volta ao resultado e conduziu o FC Porto ao primeiro e histórico título de campeão europeu.
https://playbuffer.com/watch_video.php?v=9N6XY3KMS3O1