Técnico do Juventude Pedras Salgadas relembra um dos encontros europeus mais históricos do Vitória de Guimarães
Esta terça-feira o Visto da Bancada vai recuar até setembro de 1996, altura em que o Vitória de Guimarães de Jaime Pacheco enfrentou o Parma na Taça UEFA. Os italianos tinham vencido a prova duas épocas antes e, depois de um triunfo por 2-1 na primeira mão, levaram craques como Buffon, Thuram, Cannavaro, Sensini, Dino Baggio, Chiesa ou Zola até à cidade Berço. O Vitória viveu uma noite histórica e Ricardo Silva estava nas bancadas a assistir ao momento, que resultou numa situação “curiosa”.
“Fui com o meu tio e vimos o Vitória fazer um dos melhores jogos de sempre. Ganhou 2-0 ao Parma e passou a eliminatória”, conta ao Bancada o técnico, de 35 anos, que conduziu o Juventude Pedras Salgadas ao atual terceiro posto na Série A do Campeonato de Portugal. No entanto, o triunfo dos vimaranenses não foi o único motivo de alegria da noite. “Estava tudo eufórico nas bancadas. Ao sair do estádio fomos para o carro e percebemos que tínhamos perdido as chaves do carro. Na altura, nem havia lugares marcados, era tudo em cimento. Voltámos para dentro do estádio à procura das chaves e acabámos por encontrá-las no meio de tanta gente que ainda lá estava. Foi uma noite perfeita: ganhámos a eliminatória e encontrámos as chaves do carro”, recorda.
Ricardo Silva garante-nos que tem muitas histórias para contar e, dessa forma, abrimos uma exceção para contar uma dessas peripécias que já viveu no futebol, mas sem estar na bancada. “Quando estava no Taipas, tinha passado da formação para os seniores. Estivemos uma quantidade de jogos sem perder e acabámos por subir de divisão. A equipa estava tão imparável que quando fomos receber as medalhas a Barcelos tínhamos de parar na portagem para pagar e o autocarro ficou sem travões e, tal como a equipa fazia no campo, levou a cancela à frente. Causou ali um momento hilariante”, garante o jovem técnico.
