Na memória bem fresca de Ricardo Chéu está uma partida que, certamente, terá sido inesquecível para qualquer pessoa que tenha estado naquele dia no Estádio do Dragão. Pelo bem e pelo mal. Falamos do célebre golo de Kelvin, aos 90’+2, no clássico frente ao Benfica, que praticamente decidiu o título de 2012/13.
Um momento que lançou a festa nas hostes portistas, mas que também deixou os benfiquistas presentes desiludidos, tal como o técnico Jorge Jesus, que caiu de joelhos no relvado após o desfecho do lance, num dos momentos mais marcantes da história do futebol português. “Foi um momento que acabou por mudar uma fase negativa de uma equipa”, recorda ao Bancada o técnico, de 36 anos.
Aproveitando o facto de termos o testemunho de um treinador com experiência de Primeira Liga, questionámos Chéu sobre o momento de Kelvin. Para quem estava na bancada, foi algo que já se adivinhava? “Quando estou a assistir aos jogos como adepto não consigo deixar de olhar como treinador. Sinceramente, pelas substituições, o Benfica pôs-se a jeito. Não diria que o golo surgisse no último minuto, mas estava a prever-se que aquilo ia acontecer”, admite.
“Nós, treinadores, passamos sempre mensagens aos jogadores com as substituições. Foi um jogo em que uma das equipas esteve a defender o resultado e no fim sofreu mesmo o golo”, relembra Ricardo Chéu o antigo técnico de FC Penafiel, Académico de Viseu e SC Freamunde.